Chevrolet Agile: as mudanças na linha 2014


Em outubro de 2009, a Chevrolet lançou o Agile - resultado do (tão falado anteriormente) Projeto Viva, em um momento de crise financeira e falta de novidades na linha. Sobre a plataforma GM 4200, utilizada por Celta e Classic, desenvolveu-se um carro com inspiração no conceito GPiX (2008), interior diferenciado e equipamentos ao gosto dos brasileiros. 

Apesar de muitas controvérsias, o Agile chegou a ser eleito Carro do Ano 2010 pela revista Autoesporte, Carro Universitário do Ano e obteve êxito em vendas, ao passo que o Corsa perdia mercado. A primeira (e única) derivada, a Montana, chegou em 2010. 

A partir daí, a Chevrolet passou a desenvolver novos carros em uma arquitetura mais moderna, a Global Small Vehicle, da qual surgiu o Onix em 2012, o qual tomou bastante espaço de mercado do Agile. Os rumores de que o hatch sairia de linha logo foram por água abaixo: o Auto REALIDADE publicou em novembro daquele ano as primeiras imagens do Agile reestilizado. Quase um ano se passou, e agora podemos conferir o resultado da atualização, que vem seguida de um reposicionamento no mercado: será oferecida apenas a versão LTZ, completa, e a série especial Effect.


Apesar do conflito na tabela de preços, Onix e Agile possuem públicos distintos, o que em tese permite aos dois conviverem nos showrooms das concessionárias. Enquanto o Onix é procurado por jovens atraídos por itens como sistema multimídia MyLink ou câmbio automático, ou pelo preço (nas versões de entrada), o Agile é a escolha de quem busca mais espaço interno, posição elevada de dirigir e, subjetivamente, design mais robusto. Assim, a Chevrolet revitaliza o Agile com nova frente, com faróis e grade mais harmônicos e para-choque redesenhado. A cor azul Aquamarine realça o ar de novidade. As caixas de roda são preenchidas com novas rodas aro 16''. Na traseira, lanternas com apliques prateados na parte superior e novo para-choque com dois refletores verticais e quatro pequenas aberturas abaixo do espaço para a placa. E, se assim como nós, está tentando entender por que colocaram frisos pretos nos para-choques... "Visualmente, nosso intuito foi fortalecer a largura do carro, sem mexer de forma abrupta na carroceria. Os apliques em preto no para-choque trazem a sensação de segurança e robustez ao cliente", diz o designer responsável pelo Agile, Carlos Barba.


Internamente, foram poucas as novidades. A principal delas é o novo volante, de desenho moderno, base achatada e comandos de som e controlador de velocidade, apresentado no Onix RS Concept. O painel de instrumentos ganhou novo grafismo. Mas, diferentemente dos novos Chevrolet, o Agile não oferece o sistema MyLink nem mesmo como opcional. Seria preciso, além de uma reforma na arquitetura elétrica, um novo painel (os comandos de ar-condicionado precisariam ser reposicionados, sob pena da tela sensível ao toque ficar muito abaixo da linha de visão), o que encareceria o projeto. Dessa forma, vem de série um rádio com CD/MP3 Player, com entradas USB e auxiliar, Bluetooth, reconhecimento de voz e discagem automática.




De série, o Agile traz ar-condicionado, airbags frontais, direção hidráulica, cruise-control, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem, faróis de neblina, banco traseiro bipartido, alertas de luzes acesas, portas abertas e não-uso do cinto de segurança do motorista, computador de bordo, vidros/travas/retrovisores elétricos, entre outros itens.

As dimensões internas não foram modificadas. O porta-malas possui capacidade de 327 litros.


O motor 1.4 8v Econo.Flex não traz as modificações estreadas pelo Onix. Rende 97/102 cavalos a 6000 rpm e 13,2/13,5 kgfm de torque a 3200 rpm (com gasolina/etanol, nesta ordem). O câmbio manual F1X de segunda geração possui respostas mais rápidas e engates mais precisos, de acordo com a Chevrolet. Há opção do câmbio Easytronic, automatizado de cinco marchas com paddle-shifts atrás do volante.


A série especial Effect possui visual mais esportivo, trazendo spoilers, saias laterais, rodas 16'' escurecidas, faixas laterais, logotipo "Effect" no aplique plástico da coluna C, teto e retrovisores externos na cor preta, faróis e lanternas escurecidos. A cor externa pode ser branco Summit ou vermelho Chilli. O interior ganhou detalhes vermelhos: filetes no volante, em volta das saídas de ar, nos bancos e nas portas. Esta versão também pode receber câmbio Easytronic como opcional.


Disponível nas cores branco Summit, prata Switchblade, preto, bege Desert, vermelho Pepper, verde Lotus, cinza Rusk, azul Infinity, vermelho Chili (além da Aquamarine), o Agile LTZ manual custa R$ 42 990 [na tabela, apenas R$ 670 a mais que o Agile 2013 - mas nas concessionárias havia mais descontos]. Com câmbio Easytronic (à esquerda), chega a R$ 45 990. Já o Effect parte de R$ 44 940.



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