Review: Porsche Boxster (981)

Desde o seu modelo de entrada, a Porsche tem o dom de impressionar. A geração 981 do Boxster, lançada no Salão de Genebra de 2012, representa bem a evolução pela qual o roadster de entrada da montadora passou desde seu lançamento, no Salão de Paris de 1996, época em que compartilhou vários componentes com o 911 996. Produzido em Osnabrück (Alemanha), o Boxster é oferecido nas versões 2.7 (nestas imagens), 3.4 S e GTS, com visual mais esportivo e 15 cavalos a mais em relação ao S.

Um dos pouquíssimos representantes da atual linha Porsche em Teresina (PI), o Boxster fotografado ostentava a cor Guards Red ("traduzida" como Vermelho Índico no Brasil), rodas aro 19'' da versão S, teto de tecido preto e interior na cor Bege Luxor. Em nome da exclusividade, existem 15 opções de cores para a carroceria, oito estilos de rodas (entre aros 18'' e 20'') e quatro opções para a coloração da capota. Falando nela, sua abertura ou fechamento demanda apenas nove segundos, operação que pode ser feita em movimento, a até 50 km/h.

Internamente, destaque para o ar-condicionado two-zone com filtro de carbono, o Porsche Communication Management (com GPS de duas ou três dimensões, TV, comandos de voz, leitor de DVD e CD, "diário eletrônico" [informações sobre quilometragem, distância do percurso, data, hora, início da localização e destino, dados que podem ser transferidos por cabo USB e analisados em um computador via software fornecido pela Porsche], além de sistema de som BOSE com 10 alto-falantes e potência de 445 watts), o revestimento em couro perfurado dos bancos e os quatro airbags. Há dois porta-malas: o da frente leva 150 litros; o traseiro, 130 L.

O Boxster é equipado com um motor 2.7 central boxer (a propósito, o nome do modelo é uma fusão entre as palavras "boxer" e "roadster") de seis cilindros, com injeção direta de combustível e VarioCam Plus, rendendo 265 cavalos @ 6700 rpm e torque de 28,6 kgfm entre 4500 e 6500 rpm. Com câmbio manual de seis marchas, acelera de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos e alcança 264 km/h de velocidade máxima; já com a transmissão PDK opcional (Porsche Doppelkupplung, de sete marchas), o tempo de aceleração de 0 a 100 km/h é de 5,7 segundos, com velocidade máxima de 262 km/h. Há ainda o pacote opcional Sport Chrono, que reduz o tempo de 0 a 100 km/h para 5,5 segundos. E acredite: o roadster obteve classificação A no Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro. Na cidade, seu consumo é de 8,0 km/l de gasolina; na estrada, 11,6 km/l.

Existem cinco concessionárias Porsche no Brasil, localizadas em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Brasília (DF). Quer um para chamar de seu? O preço base é de R$ 349 000. A má notícia: já está programada uma reestilização para o Boxster, que deverá ser revelada no próximo Salão de Paris, em sua linha 2015.

Bônus: Porsche Cayenne

Outro modelo "popular" da Porsche no Brasil é o Cayenne - este exemplar da atual geração (chamada internamente de 958), com plataforma compartilhada com o Volkswagen Touareg e encontrado em um estabelecimento localizado na Avenida Miguel Rosa, recebeu rodas de nada menos que 23 polegadas (originalmente, são aro 18''), engate traseiro e suspensão rebaixada.

Esta versão conta com motor 3.6 V6 de 300 cavalos e 40,8 kgfm de torque. O tempo de aceleração de 0 a 100 km/h é de 7,5 segundos com câmbio manual (e 7,8 s optando pelo câmbio Tiptronic). Sua retomada de 80 a 120 km/h ocorre em 9,6 s, utilizando a quinta marcha. A velocidade máxima é de 230 km/h. E o consumo... bom, é condizente para um SUV deste porte: 6,2 km/l na cidade, 8,5 km/l na estrada. Para distingui-la do S, basta olhar o aerofólio (bicolor na versão mais esportiva) ou a grade inferior, que contém uma câmera no S. Curiosamente, o preço do Cayenne é idêntico ao do Boxster (R$ 349 000) e menor que o do Macan (R$ 399 mil).