Depois de uma série de irregularidades ao longo dos anos e
uma tentativa do Governo Federal de extingui-lo sumariamente, o DPVAT (seguro
de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de via Terrestre)
transformou-se em espécie de zumbi. A cobrança de simbólicos R$ 5,23, no caso
de automóveis e R$ 12,30 para motos mal paga os custos de despesas bancárias.
Em dois ou três anos acabam as reservas técnicas da controversa Seguradora
Líder e algo terá de se colocar no seu lugar.
Praticamente todos os países têm um seguro obrigatório para
indenizar terceiros em acidentes, cobrindo danos pessoais e materiais. Já
existe um projeto de lei do deputado federal (SD-GO) Lucas Vergilio para criar o
Seguro Obrigatório de Acidentes de Trânsito (Soat). Proprietários de veículos poderiam
escolher livremente as seguradoras para fazer a contratação e estas teriam de
oferecer as melhores condições e preços.
Sem dúvida é a melhor solução. Arley Bopullosa, professor e gestor
da Kuantta Consultoria, especializada neste mercado, levanta uma dúvida. “O
livre mercado é a melhor maneira de conduzir o processo. Entretanto, na minha
concepção, não deve ser obrigatório, mas precisa haver fiscalização. Em caso de
acidente com vítima, a Justiça tem que funcionar. Isso exige, contudo, forte
trabalho de conscientização. Todos precisam saber que se causam danos materiais
ou pessoais a terceiros, devem arcar com as consequências e responder pelos
seus atos, de acordo com o código civil. No exterior é assim, falta isso
acontecer aqui”, defende.
Como conscientização só se constrói em longo prazo, precisa haver
cautela. O endurecimento contra fraudes seria uma questão que cada seguradora
teria de encarar por seu corpo técnico e jurídico. A concorrência ajudaria, mas
um seguro de responsabilidade civil acessível não cairá do céu.
Outro problema, mais sério, envolve acidentes em que a
evasão do local ocorre e sem possibilidade de identificar o veículo culpado.
Neste caso torna-se se necessário a criação de um fundo para esse tipo de
indenização. Precisaria ser fiscalizado de perto e fraudadores severamente
punidos. A Seguradora Líder negligenciou esse aspecto e já vinha sendo “punida”
com cortes do prêmio anual do seguro desde o governo anterior.
Aurélio Ramalho, do Observatório Nacional de Segurança
Viária, recomenda algo mais justo no caso de ressarcimento feito hoje
genericamente aos hospitais e ambulatórios do SUS (Sistema Único de Saúde) no
regime de caixa único.
“Um bom planejamento permitiria identificar os gastos e
encaminhar para a unidade hospitalar envolvida diretamente no socorro e
tratamento dos acidentados o justo reembolso”, sugere.
Outra iniquidade a resolver ocorre hoje e desde a criação do
DPVAT. O motorista, que já paga espontaneamente um seguro de responsabilidade
civil a favor de terceiros, ficaria obrigado a desembolsar outra quantia, mesmo
menor, para o tal Soat. Afinal, seguro não é imposto.
ALTA RODA
ALÉM de Virtus
GTS, Amarok com motor de 258 cv (o mais forte entre picapes) e inédito SUV-cupê
Nivus (preço médio pouco inferior ao T-Cross), a VW anunciará (já antecipado
pela coluna) que o SUV médio Tarek (nome provisório para o anti-Compass) só estará à venda no início de 2021. Ainda falta um modelo
para completar os 20 da atual estratégia de produtos: talvez SUV Touareg apenas
sob encomenda.
APOSTA da coluna:
picape Tarok (nome da anti-Toro pode
ser outro) e Tarek estão reservados para a Argentina no planejamento 2021-2024
da VW. Na fábrica de Taubaté (SP) ficarão um SUV compacto (menor que o Nivus) e
o sucessor do Gol com nova arquitetura, que também servirá a Voyage e Saveiro.
CRESCE a lista de
modelos fora de linha ao longo de 2020. Agora em janeiro perua Fiat Weekend e sedã
Chevrolet Cobalt pararam. Fox e up! saem de cena em dezembro. Todos sem
sucessores. Perua morreu por senilidade e falência do segmento; sedã abatido
pelos SUVs; os outros dois, por razões de mercado.
SÉRIE comemorativa
de 55 anos de lançamento do cupê mais famoso dos EUA, Ford Mustang Black Shadow
caracteriza-se por evitar exageros nos adereços. Alto desempenho não mudou. Entre
itens de encher os olhos no dia a dia destacam-se: painel central e manopla do
câmbio em fibra de carbono, bancos com faixas de camurça e rodas preto brilhante
de 19 pol.
HYUNDAI HB20 Sport chega no próximo dia 17 com
visual incrementado. Saem os cromados e entram grade frontal, apliques, saias e
defletor de teto na cor preta. Motor é o 1-litro turboflex com os mesmos 120
cv. Câmbio só automático, porém há teclas atrás do volante que tem outro
acabamento. Permite carregamento do celular por indução. R$ 70.990.
ESTREIA câmbio
automático, o mesmo da Ranger de seis marchas, no Troller TX4. Traz para-choques
metálicos, diferencial traseiro autobloqueante e faróis de LED. Sempre bicolor:
opção de três cores combinando com o azul naval. Pretensão é fazer frente a SUVs
de alto desempenho fora de estrada. R$167.530.
Fernando Calmon (fernando@calmon.jor.br), jornalista especializado desde 1967, engenheiro, palestrante e consultor em assuntos técnicos e de mercado nas áreas automobilística e de comunicação. Sua coluna automobilística semanal Alta Roda começou em 1º de maio de 1999. É publicada em uma rede nacional de 98 jornais, sites e revistas. É, ainda, correspondente no Brasil do site just-auto (Inglaterra).
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