Avaliação completa: a alma esportiva do Renault Fluence GT Line


Fotos, vídeos e edição | Júlio Max
Agradecimentos | Assessoria de Imprensa Renault e Via Paris

Ao longo das décadas, os sedans de estilo esportivo alternaram momentos de glória e de ostracismo. Nos anos 1970, o Chevrolet Opala SS foi objeto de desejo; já em 1990, quem povoava a mente dos bem-sucedidos era o Santana Executivo, com suas rodas BBS e lanternas fumê. Depois vieram o Tempra Stile e o Corolla XRS. Atualmente, o único representante na categoria de sedans médios esportivados é o Renault Fluence GT Line, modelo lançado em agosto de 2015 que incorpora o espírito esportivo da divisão Renault Sport sem abrir mão do conforto do câmbio Xtronic CVT. Não esquecemos que estão disponíveis no mercado os sedans turbinados - Volkswagen Jetta Highline com o motor 2.0 TSI e Peugeot 408 Griffe com o 1.6 THP - porém estes modelos possuem praticamente os mesmos trejeitos estéticos das versões intermediárias, sem ousar no design.



A reestilização apresentada no Salão de São Paulo de 2014 trouxe ares mais modernos ao Fluence, que passou a ser comercializado no Brasil em março de 2011. Na frente, os faróis com lentes parcialmente pretas, a grade em preto-brilhante e o para-choque com molduras prateadas (onde se alojam as luzes diurnas de LED, que se acendem ao dar a partida) dão um ar malvado ao GT Line - mais que seu antecessor, o Mégane Extreme.


Lateralmente, destaque para as maçanetas prateadas, retrovisores com luzes de seta, protetores integrados às portas e molduras em preto-brilhante na coluna central. E, claro, para as rodas Akhiro Pragma de 17 polegadas, com detalhes diamantados mesclados com insertos em preto-brilhante e calçadas com pneus Continental 205/55. O perfil deixa claro o equilíbrio entre as formas do Fluence.


Visto de traseira, o GT Line se destaca pelo aerofólio integrado à tampa do porta-malas e pelas lanternas com luzes de LED (característica que diferencia o modelo manual do CVT). A moldura acima da placa esconde a câmera de ré, enquanto os sensores de estacionamento ficam ocultos no aplique em preto-brilhante que emula um extrator de ar. Já a saída de escape é cromada e garante um ronco até interessante...



O interior lembra bem o esportivo Mégane R.S., hot-hatch de respeito no exterior (foto ao lado). Em tons predominantemente pretos, o painel traz apliques em preto-brilhante com faixas vermelhas; bancos e volante, revestidos de couro (uma mescla entre material natural e sintético), também contam com costuras na cor contrastante. O quadro de instrumentos digital é uma herança do extinto GT 2.0 de 180 cavalos, agrupando conta-giros analógico e demais informações digitais: velocímetro, nível de combustível, termômetro de arrefecimento do motor e o computador de bordo, que informa: posição do câmbio (com marcha selecionada, caso esteja no modo sequencial), combustível gasto, consumo médio, consumo instantâneo, autonomia, distância percorrida, velocidade média, além do informe de alertas, como realização da revisão ou bateria do motor prestes a descarregar.



É inevitável fazer algumas comparações com o Nissan Sentra, meio-irmão que também tivemos a oportunidade de dirigir nestes dias. Alguns itens entregam a idade do projeto do Renault, compartilhado com o Mégane III: para ajustar a inclinação do banco, gira-se uma arcaica roldana, em contraste com a cômoda alavanca para ajustá-lo em altura. As posições dos puxadores de porta e do descansa-braço traseiro também são mais ergonômicas no Nissan.



Sob alguns aspectos, em contrapartida, o Fluence traz mais comodidade. Os passageiros de trás contam com boa área para esticar as pernas e duas saídas de ar, capricho ainda raro em sua categoria. O ajuste de altura e profundidade do volante não implica na coluna de direção caindo sobre os joelhos do motorista (ouviu, Sentra?).

Também é um dos poucos no segmento a trazer teto solar com forro que de fato barra os raios solares, ainda que seu acionamento exija o dedo pressionado durante todo o processo, algo que não ocorre para abrir ou fechar os vidros, do tipo um-toque para as 4 janelas, incorporando ainda o recurso antiesmagamento. E, coisa difícil de se ver atualmente, possui acendedor de cigarro e cinzeiro no copinho central. Outro recurso que ajuda os fumantes é a posição basculante do teto solar.







Em termos de ergonomia, o Fluence acaba sendo melhor do que parece: mesmo no escuro é fácil se situar na cabine - e olha que ele não é um carro tão comum assim... A começar pela chave, que na verdade é um cartão, com botões de abertura, travamento, acendimento das luzes externas (útil para achar o carro em vagas escuras) e destravamento do porta-malas.

Inserindo a chave-cartão, o quadro de instrumentos "saúda" o motorista, e a partida é feita com o pé no freio e o câmbio na posição Park, bastando estar dentro do habitáculo. Ao se afastar com o cartão, o Renault é automaticamente travado.



Na fileira à esquerda do volante encontram-se os comandos de: ajuste de altura dos faróis, regulagem do brilho dos instrumentos e destravamento interno do tanque de combustível e do porta-malas. E, se o console de luzes (individuais para os ocupantes frontais) parece simplório, o porta-óculos com revestimento em espuma causa boa impressão.



Outro detalhe de acabamento interessante é o forro de teto moldado em tecido (alguns representantes desta categoria possuem carpete). As alças, com retorno suave, trazem ganchos para cabines na traseira. E, no lugar do freio de mão do Mégane que lembrava uma alça de bagagem, a alavanca tradicional do Fluence liberou espaço para um apoio central com porta-objeto acarpetado.



Com duas zonas de temperatura, o ar-condicionado tem regulagem de meio em meio grau, entre 15,5 e 27,5º C. Traz modo automático, que detecta a temperatura e ventilação mais adequadas, além das referidas saídas de ar com direcionadores na traseira. E cumpre muito bem a função de gelar a cabine.


O sistema multimídia R-Link é uma atração à parte. Com tela de 7 polegadas sensível ao toque - e também operável pelos botões abaixo dos comandos de ar-condicionado e pelos comandos-satélite à direita na coluna de direção - trata-se de uma central abrangente. E fácil de manusear, lembrando que até 2014, com a tela "insensível ao toque", era preciso acionar determinadas funções com um controle remoto.

Sem abandonar o CD/MP3 Player, integra Bluetooth para streaming de áudio e chamadas telefônicas, 4 alto-falantes e 4 tweeters (que garantem uma boa qualidade ao som), comandos de voz e GPS TomTom, com recurso de informações do trânsito em tempo real em algumas regiões e visualização em 2D ou 3D, incluindo localização de pontos de interesse e até personalização do ícone como um Fluencinho, entre outros modelos da gama francesa da Renault.



Um recurso presente a partir desta versão do Fluence é a câmera de ré, com resolução suficiente para o uso cotidiano (mesmo à noite), somado às linhas de guia ao esterçar o volante e aos gráficos do sensor de estacionamento traseiro. Outro aplicativo muito interessante é o Driving Eco² (Eco-Coaching + Eco-Scoring), que analisa o modo de condução do motorista e, ao final do trajeto, avalia o gasto de combustível e a eficiência das acelerações e desacelerações. Além disso, dá algumas dicas de como poupar combustível.

Também estão presentes: visualizador de fotos e vídeos em dispositivos USB ou conectados com entrada auxiliar, chamada de emergência em caso de acidente, indicador de temperatura externa e opções de personalização de visualizações e layout.



Outros itens de série do Fluence GT Line: sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, controlador e limitador de velocidade, retrovisores elétricos com luzes de seta incorporadas, iluminação nos para-sóis (com espelhos) e no porta-luvas, luz central direcionada ao banco traseiro, lanterna de neblina, pedaleiras em alumínio (que proporcionam bom apoio aos pés), além de vidros elétricos com função anti-esmagamento.



Quando se trata do porta-malas, os 530 litros são a maior capacidade no segmento de sedans médios, podendo ser ampliado com o rebatimento parcial ou total do encosto do banco traseiro. Há dois ganchos laterais e revestimento da tampa e das dobradiças, além de iluminação central. Porém o estepe, da Pirelli, é de medida diferente dos demais pneus: 205/65 aro 15''; além disso, a disposição das ferramentas fazia com que fossem ouvidos barulhos em pisos irregulares.



Sob o capô está o conhecido 2.0 Hi-Flex de 16 válvulas com duplo comando de válvulas e comando variável de válvulas na admissão, que rende 140/143 cavalos a 6000 rpm e possui torque de 19,9/20,3 kgfm (dados com gasolina e etanol, respectivamente), a 3750 rotações por minuto. Trata-se, grosso modo, do motor do Mégane convertido para flex-fuel (conservando o tanquinho de partida a frio, inclusive), porém aliado ao câmbio Xtronic CVT, de relações continuamente variáveis (e opção de trocas sequenciais, simulando seis marchas - com mudanças na própria alavanca).



Este conjunto não faz sombra ao desempenho do saudoso GT (rebatizado como Fluence GT2 na Argentina, onde é comercializado, e com 10 cavalos a mais, totalizando 190 cv), mas é preciso considerar que, neste segmento, muitos consumidores simplesmente ignoram as opções manuais. Os testes da Renault apontam que o GT Line acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos com etanol (10,1 s com gasolina) e chega à velocidade máxima de 195 km/h. Na ponta do lápis, é mais ágil que o Sentra, que possui motor 2.0 de 140 cv com comando variável na admissão e escape, porém sem opção de trocas sequenciais em seu câmbio CVT.



Ao dirigir, causa boa impressão a assistência da direção, de empunhadura correta, bem leve nas manobras e com boa progressividade de acordo com a velocidade - e pensar que o Lancer ainda usa direção hidráulica... Como motorista ou passageiro, a tranquilidade a bordo impera, tanto pelo regime baixo de rotação exigido pelo motor em velocidade de cruzeiro quanto pelo acerto do conjunto de suspensão (McPherson na frente e com eixo de torção na traseira), que além de absorver relativamente bem as irregularidades das estradas nossas de cada dia, oferece boa estabilidade em curvas.



Diferentemente de modelos com velocímetro digital bem lerdo, o Fluence transmite de forma mais precisa as informações do quadro de instrumentos, com a vantagem do reostato de iluminação ter uma variação realmente relevante do brilho. O câmbio CVT faz o giro do motor se estabilizar em um nível onde os ruídos são minimizados e, na teoria, gastaria-se menos combustível.



Isso só na teoria, mesmo: com média urbana entre 4,9 e 5,1 km/l (com ar ligado e 2 a 4 pessoas durante sua estadia em Teresina, abastecido com gasolina e com câmbio no modo automático), o Fluence é um dos carros mais sedentos que passaram pela avaliação do Auto REALIDADE. E é prova de que os resultados do Inmetro nem sempre refletem a realidade, já que na tabela de etiquetagem o sedan obteve as média aceitáveis de 8,7 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada, também com o combustível de origem fóssil. Nós não conseguimos encontrar a explicação definitiva para um resultado assim. O tanque estava quase vazio e abastecemos com 80 reais (mal acenderam duas barrinhas digitais do combustível). E as situações às que o GT Line foi submetido condizem com a vida real, sem carga no porta-malas nem acelerações exigentes. Mesmo com tanque de 60 litros, a autonomia era drasticamente recalculada (para baixo) a cada deslocamento.



Em termos de segurança, o GT Line vem com o conjunto presente no modelo Dynamique: 4 airbags (frontais e laterais dianteiros), freios ABS a disco (ventilados na dianteira) com distribuição eletrônica de frenagem (EBD) e assistente de frenagem de emergência (AFU), alarme perimétrico, cintos de 3 pontos e apoios de cabeça ajustáveis em altura para todos os ocupantes, além do travamento das portas a 6 km/h, alerta sonoro do cinto do motorista desafivelado e fixação ISOFIX para cadeirinhas infantis. É um pacote abrangente, mas quem quiser airbags de cortina ou os controles eletrônicos de tração e estabilidade terá que partir para a versão Privilège.


Disponível em três cores externas - Vermelho Fogo, Branco Glacier e Preto Nacré - o Fluence GT Line tem preço sugerido de R$ 93.350, dispondo de garantia total de 3 anos ou 100 mil quilômetros e garantia anticorrosão de 6 anos. Em termos dimensionais, o modelo possui 4,62 m de comprimento, 1,81 m de largura, 1,47 metro de altura e 2,70 metros de distância entre-eixos.



Boletim comentado do Renault Fluence GT Line


Design_ 9,25
Estiloso - e ainda mais nesta cor Vermelho Fogo - o Renault Fluence GT Line causa boa impressão: tem um espírito jovem, ausente na maioria dos sedans, que seguem um visual mais austero. Sem apelar para adesivos chamativos ou adereços bregas, além de ter certo parentesco com o Mégane R.S., o Fluence ficou mais bonito após sua reestilização - justamente o contrário do que ocorreu, por exemplo, com o Peugeot 408 THP, seu maior rival em preço, espaço interno e equipamentos.

Espaço interno_ 9,25
Mesmo diante de tantos concorrentes, o Fluence se destaca com o bom aproveitamento de espaço em sua carroceria, proporcionando boa área para cabeça e pernas para quatro adultos e uma criança (por conta do ressalto do túnel e do fim do console central). Há nichos para guardar objetos nas portas e console central, e o porta-luvas tem boa profundidade. Isso sem falar no porta-malas de 530 litros - em seguida vem o Peugeot 408 e seus 526 litros.

Conforto_ 9,25
No stress ao comando do Fluence GT Line: a começar pela boa posição de dirigir e fácil ajuste de altura do banco do motorista e de profundidade e altura do volante. O motorista conta com boa visibilidade e os assentos proporcionam bom apoio do corpo. Também está disponível o controlador de velocidade (cruise-control) para os percursos longos, e comodidades pequenas porém úteis, como os vidros com acionamento por um-toque e a alavanca de seta que, com um leve toque (sem acioná-la completamente), acende a luz de direção indicada.

Acabamento_ 9,0
Aqui no Auto REALIDADE, não podemos ver um carro com acabamento emborrachado que já queremos apertar, assim como tem gente que gosta de apertar bochechas de bebês... cada qual com sua mania. O material está presente na porção superior do painel e nas portas dianteiras. Já o couro, com costuras vermelhas, reveste volante, bancos e painéis de porta. Os apliques em preto-brilhante com listras vermelhas causam boa impressão inicial, mas exigem limpeza constante no uso diário. Há ainda cromados em torno do quadro de instrumentos, nas maçanetas internas e em torno da alavanca de câmbio.

Equipamentos_ 9,0
O Fluence GT Line possui um pacote de equipamentos satisfatório para um modelo de sua faixa de preço. Vejamos: o ar-condicionado digital traz duas zonas de temperatura (no Corolla XEi, apenas uma) e as portas podem ser travadas e destravadas com a chave no bolso. Quem senta atrás aproveita o apoio de braço central e as saídas traseiras de ar. Teto solar é outra raridade nos sedans médios. Mas isto não quer dizer que o GT Line é irretocável: o próprio catálogo do Fluence mostra uma imagem do modelo com os faróis de xenônio - que ironicamente ficaram restritos ao modelo Privilège, junto com a regulagem automática de altura e os lavadores de faróis, os faróis de neblina e os retrovisores rebatíveis eletricamente com luzes de LED nas setas.

Desempenho_ 9,0
Ainda que o modelo GT turbinado manual tenha deixado saudades, o Fluence GT Line desenvolve bem sua força e ainda conta com a inegável vantagem do câmbio CVT com opção de 6 marchas (e pensar que o Mégane Extreme 2.0 tinha câmbio de 4 marchas...). Ainda que o motor gire manso, basta pisar no acelerador para o torque entrar em ação. O nível de ruído pode até subir, mas imagine um motorista com um sedan manual que precise constantemente encarar engarrafamentos, cabines de pedágio, lombadas... Ainda bem que o Xtronic CVT está ali, encarando todas as situações com serenidade, e sem o problema das marchas "insuficientes" que até uns 5 anos atrás acometia praticamente todos os sedans médios de nosso mercado.

Segurança_ 9,0
Além de ter uma carroceria estável em colisões, que recebeu quatro estrelas de proteção a adultos nos testes do Latin NCAP, o Fluence assegura a proteção dos ocupantes dianteiros com os side-bags e proporciona o correto encaixe de cadeirinhas infantis. Os freios a disco, com auxiliar em frenagens de pânico, são eficientes. Mas, para um modelo de pretensões esportivas, a adição dos controles eletrônicos de tração e estabilidade seria muito bem-vinda - ainda mais considerando que a maioria dos rivais já conta com estes dispositivos de segurança.

Consumo_ 6,0
Fator negativamente surpreso do Fluence: em nossas avaliações geralmente constatamos que o consumo de combustível na vida real é inferior aos dados de fábrica ou obtidos pelo Inmetro, porém o resultado do modelo GT Line o coloca no patamar de esportivos V8 como o Chevrolet Camaro. Tudo bem que quem tem a grana para comprar um Fluence certamente vai ter dinheiro para encher o tanque, mas há modelos com motor 2.0 aspirado, câmbio CVT e são bem mais econômicos. Exemplo? O Sentra.

Custo-benefício_ 8,0
Mesmo prezando por oferecer um bom conjunto a um valor realista, o Fluence teve seu preço inflacionado à medida que os concorrentes também sofriam reajustes. Se o GT Line superou a barreira dos R$ 90 mil na tabela de preços, a que preço estaria sendo vendido o GT2 turbinado? É preciso considerar que, nesta categoria, só o Renault possui visual esportivo - e que, nas concessionárias, é possível negociar bem. Mas este mês de junho reserva mexidas abrangentes no Cruze e no Civic; o Sentra já está de cara nova, para não falar de Focus, 408 e Jetta, que já foram reestilizados ano passado. Com tanta marcação cerrada, a Renault poderia tomar basicamente três caminhos, a fim de alcançar mercado: reforçar a publicidade em torno dos atributos do modelo na TV e internet; rechear a versão GT Line com os itens da Privilège ou, ainda, seguir o exemplo dos hermanos e oferecer aqui o Fluence 1.6, que seria uma opção bastante vantajosa para quem deseja muito espaço interno, mas não se dispõe a entrar na faixa dos R$ 80 mil por um sedan médio.



Veredicto: Antes de mais nada, reflitamos: quantos sedans médios com câmbio manual estão atualmente disponíveis no mercado brasileiro? A pergunta é necessária para tentar explicar o fim do Fluence GT turbinado e a subsequente chegada do modelo GT Line: infelizmente, a demanda por sedãs turbinados de câmbio mecânico é bem baixa. O conjunto do Renault é bem interessante: além do visual apimentado, os ocupantes desfrutam de espaço interno e nível de conforto acima da média. Mas, num dos segmentos mais concorridos do mercado brasileiro, o Fluence GT Line precisa aprimorar sua relação custo-benefício, seja reduzindo o preço de mercado ou incorporando itens da versão Privilège - e a Renault, fazer a lição de casa nos quesitos atendimento ao cliente, marketing e pós-venda. Exemplo: o Corolla é menos empolgante, mas a boa fama da Toyota transcendeu o próprio modelo. 

Nota final = 8,6

As notas são atribuídas considerando a categoria do carro analisado, os atributos oferecidos pelos concorrentes, além das expectativas entre o que o modelo promete e o que, de fato, oferece. Frações de pontuação adotadas: x,0, x,25, x,5, x,75. Critérios - Design = aspecto externo. Espaço interno = amplitude do espaço para passageiros (dianteiros e traseiros) e bagagem. Conforto = suspensão, nível de ruído, posição de dirigir, comodidades. Acabamento = atenção aos detalhes internos. Equipamentos = itens de tecnologia e conforto, sejam de série ou opcionais. Desempenho = aceleração, velocidade máxima, retomada, handling e outros fatores. Segurança = itens de proteção ativa e passiva. Consumo = combustível gasto e autonomia. Custo-benefício = relação de vantagem entre o preço pago e o que o carro entrega.


Galeria de fotos do Renault Fluence GT Line!





Comentários

Unknown disse…
É um bom carro dentro do contexto exposto, porém, não empolga devido muitos outros fatores, exemplo: pós-venda horrível, desvalorização, revisões, peças caras, e design duvidoso, convenhamos, dizer espírito jovem é forçar a barra.