Novidades Renault: Kwid, Captur, Koleos e novos motores 1.0 e 1.6



A Renault preparou um interessante pacote de novidades para o Salão do Automóvel de São Paulo, que inclui a apresentação dos modelos Captur, Koleos e Kwid, além dos novos motores 1.0 SCe (Smart Control Efficiency) de três cilindros e 1.6 SCe, que equiparão as linhas Logan, Sandero e Duster - sem falar das versões-conceito e dos carros de corrida da marca.


Em um mercado onde, de 2014 para cá, a participação de mercado dos utilitários praticamente dobrou no país (passando de 8% do total de carros comercializados para 15%), faz todo o sentido investir fortemente neste segmento. O Salão marca o início da pré-venda do Captur, que chegará ao mercado em fevereiro de 2017.



Nosso Captur (nosso mesmo, produzido em São José dos Pinhais) é idêntico ao Kaptur russo, e é uma mistureba entre o estilo do Captur francês, a plataforma do Duster e, em algumas versões, o conjunto mecânico é baseado no do Nissan Kicks. Posicionado mercadologicamente acima do Duster, o Captur se destaca pela pintura em dois tons, além da linha de cintura elevada e dos fortes vincos pela carroceria, que sugerem robustez.


O Captur terá quatro versões. O modelo de entrada será equipado com o motor 1.6 SCe aliado ao câmbio manual; outras duas opções terão o mesmo 1.6 aliado ao câmbio CVT X-Tronic. Já a versão Intense, topo-de-linha, traz o motor 2.0 já conhecido do Duster aliado ao câmbio automático.



Um dos diferenciais do Captur, além do visual contemporâneo, é a quantidade de equipamentos de série, que englobam controles eletrônicos de estabilidade e de tração, assistente de partida em ladeiras, chave cartão presencial com botão de partida, retrovisores elétricos rebatíveis e airbags frontais e laterais.


A partir do dia 9 de novembro, o hot-site do Captur mostra mais detalhes do modelo 2.0 Intense, com a pré-venda iniciando no dia 11. Este modelo traz opção de bancos de couro e pintura em duas cores. Confira os dados técnicos:

Captur Intense
Motor: 2.0 16 válvulas
Potência: 148 cavalos (etanol) e 143 cv (gasolina) a 5750 rpm
Torque: 20,9 kgfm (etanol) e 20,2 kgfm (gasolina) a 4000 rpm
Dimensões: 4.33 metros de comprimento; 2,673 mm de entre-eixos; 1.62 m de altura; 1.81 m de largura
Ângulo de entrada: 23°
Ângulo de saída: 30°
Altura do solo: 21,2 cm
Porta-malas: 437 litros



Entre os SUVs acima dos R$ 150 mil, a aposta da Renault recai sobre o Koleos, recém-apresentado no Salão de Paris. O modelo traz os genes da atual fase da montadora em seu país de origem, com linhas ousadas - as lanternas e faróis são bastante prolongados - e a carroceria tem formas sólidas, além de uma ampla distância do solo.


Sob o capô, o Koleos traz o motor 2.5 16 válvulas, com quatro cilindros e duplo comando de válvulas, que entrega 182 cavalos a 6000 rpm, com torque de 23,7 kgfm a 4000 rpm. Com 90% do torque disponível a partir de 1800 rpm, o Koleos faz de 0 a 100 km/h em menos de 10 segundos.


O SUV traz o recurso 4x4i, que por meio de um seletor alterna entre os modos 2WD, 4WD Auto e 4WD Lock. Entre os equipamentos de série estão seis airbags, alerta de veículos em pontos cego, auxiliar de estacionamento autônomo, sistema multimídia com tela touchscreen de 8,7 polegadas vertical, som com 13 alto-falantes Bose, teto solar panorâmico, quadro de instrumentos customizável e comandos de voz, entre outros.


Já o Kwid é um caso curioso, pois se trata notadamente de um subcompacto para rivalizar com cross up! e Mobi Way, mas no Brasil será vendido como SUV compacto. Ele utiliza uma nova plataforma da Aliança Renault-Nissan, conhecida como CMF-A, com cerca de 80% de componentes novos. Para dissipar o vexame dado por seu homônimo fabricado na Índia, o modelo nacional terá reforços estruturais e, de série, virá com airbags frontais e laterais.


Enquanto o Kwid de produção nacional não fica pronto, no Salão de São Paulo o modelo é apresentado na versão conceitual Outsider Concept, desenvolvido pelo Renault Design América Latina (RDAL). Com cores realçadas e upgrade de materiais, o conceito dá uma boa noção do modelo de produção nacional, inclusive do interior, que terá posição de dirigir, mais alta que outros carros compactos.


Os motores SCe – sigla em inglês para Smart Control Efficiency – nas versões 1.0 de três cilindros e 1.6 de quatro cilindros, já estão sendo fabricados no Complexo Ayrton Senna, no Paraná. Com bloco de alumínio, além de duplo comando de válvulas variável, na admissão e no escape, o motor 1.0 passa a render 82 cavalos com etanol e 79 cv com gasolina. Já o motor 1.6 (semelhante ao adotado na linha Nissan, porém com o duplo comando variável de válvulas), oferece 115/118 cavalos nas linhas Logan e Sandero, enquanto para Duster e Oroch as potências são de 118 e 120 cavalos (com gasolina e etanol, nesta ordem).



Além dos motores atualizados, Logan e Sandero passam a trazer direção eletro-hidráulica, mais leve em manobras e que proporciona ligeira redução do consumo de combustível. Outro destaque é a substituição da correia pela corrente de distribuição e o sistema ESM (Energy Smart Management) de reaproveitamento de energia cinética. 


Tanto o hatch quanto o sedan equipados com o novo 1.6 também ganharam o Stop&Start, que desliga e religa o carro automaticamente em situações de parada para poupar combustível. A redução no consumo de combustível chega até a 19% no motor 1.0 e a 21% no motor 1.6 em relação aos motores antigos.


E para marcar a nova fase, o Sandero passa a contar novamente com a série limitada Vibe, equipada com o motor 1.0 SCe. O hatch traz direção eletro-hidráulica, sistema multimídia Media Nav 2.0 (com GPS, tela touchscreen de 7 polegadas, Eco-Coaching, Eco-Scoring, entradas USB e auxiliar) e sensor de ré. Entre os diferenciais visuais estão as capas dos retrovisores na cor Dark Mettalic com luzes de seta incorporadas, faróis de neblina, lanternas com lentes transparentes (iguais às do Stepway), rodas de 15 polegadas escurecidas, bancos com revestimento diferenciado e detalhes das saídas de ar na cor azul. Mas o mais legal são as molduras dos alto-falantes iluminadas com LEDs azuis!


Como não poderia deixar de ser, o estande terá um monoposto de Fórmula 1 R.S. 16 da atual temporada. Neste ano, a marca voltou às pistas da F1 como escuderia: Renault Sport Formula One Team. O preto e amarelo são cores institucionais da Renault por natureza, mas elas também fazem parte da herança da Renault Sport. Em 1977, o primeiro carro de F1 concebido pela Renault – o RS01, que inovou ao trazer motor turbinado – utilizava estas mesmas cores. O motor 1.6 V6 turbo, com injeção direta de combustível, gera 850 cavalos.



Outro destaque trazido das pistas de competição é o Renault Sport R.S. 01. Com chassi monochoque de fibra de carbono, o cupê pesa 1100 quilos e tem motor 3.8 V6 Biturbo montado longitudinalmente, na posição central-traseira, que entrega 550 cavalos e 61,2 kgfm de torque. O câmbio é sequencial de sete marchas - este conjunto faz o R.S. 01 alcançar os 300 km/h. Na Europa, o superesportivo compete na fórmula monomarca Renault Sport R.S. 01 Trophy.



A Renault também expõe dois interessantes conceitos nacionais. O show-car Sandero R.S. Grand Prix Concept foi desenvolvido pelo Renault Design América Latina (RDAL) para homenagear o sucesso da marca nas pistas da Fórmula 1. Trata-se um exercício de cores e materiais dos designers, podendo servir de inspiração a futuras séries limitadas.


O visual tem um toque de maldade, com a pintura predominantemente preta e detalhes dourados contrastantes nas pinças de freio, além de filete das rodas, asa frontal, difusor traseiro e faixas na lateral. No teto, um grande logotipo R.S. é adornado por filetes que contornam o aerofólio traseiro. O interior também segue o esquema preto e dourado de cores, com revestimento em couro tipo matelassê, e pespontos dourados. Já o motor é o 2.0 de 150 cavalos.


Outro show-car, também desenvolvido no RDAL, é o Duster 4x4 Extreme Concept, com acessórios que reforçam sua desenvoltura em terrenos fora-de-estrada, graças à elevada altura do solo e aos bons ângulos de entrada e saída. Com motor 2.0, o utilitário possui pintura cinza e detalhes em vermelho, lembrando carros utilizados para resgate em montanhas. Entre os apetrechos para o uso fora-de-estrada, destaque para os pneus off-road, guincho, alargadores de para-lama, rack de teto com barra de LED, rack lateral, suspensão elevada e escada na lateral. No interior, os bancos têm detalhes em vermelho.


Outros destaques da Renault serão o Twizy (modelo para duas pessoas voltado aos deslocamentos urbanos) e o compacto urbano ZOE, agora com maior autonomia (de 200 para 400 quilômetros).



Além dos carros, o espaço de 2024 m² traz outras atrações para o visitante:


  • Studio Renault: influenciadores digitais do país, como o apresentador Marcelo Tas e a blogueira de moda Camila Coutinho, gerarão conteúdo diretamente do estande para a Renault para o maior canal de vídeos digitais do mundo. Os visitantes ainda terão a chance de fazer um curso de como se tornar um Youtuber de sucesso.
  • Aplicativo Renault Salão SP 2016: com seis funcionalidades, os visitantes podem ter uma experiência imersiva, permitindo, por exemplo, que o usuário leve em seu smartphone todos os conteúdos da marca. Além de informações dos carros expostos, o usuário pode se divertir também com o Captur game, procurando e “capturando” carros virtuais da Renault pelo salão.
  • 3D HTC Vive: com óculos especiais, o visitante é “transportado” para um mundo virtual ao estilo Matrix, onde é possível interagir com o box da Renault na Fórmula 1 e conhecer em detalhes os novos motores 1.0 SCe e 1.6 SCe.
  • Snapchat: o usuário que utilizar o aplicativo no estande da Renault no Salão do Automóvel terá filtros exclusivos.

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