A história da segunda geração do Ford Escort XR3 no Brasil!


Fotos e texto | Júlio Max, de Teresina - PI
Fontes | Quatro Rodas e Best Cars Web Site

No Salão do Automóvel de São Paulo no ano de 1992, os brasileiros puderam conhecer em primeira mão a nova geração do Ford Escort - a primeira remodelação total do modelo em nosso mercado. Mesmo com os retoques aplicados ao hatch e ao conversível ao longo dos anos, era chegada a hora de uma mudança total, aos moldes da quarta geração do modelo europeu. O XR3 novamente assumia o posto de topo-de-linha da gama, com diversas novidades, a começar pelo motor: o 1.8 de declarados 99 cavalos dava lugar ao 2.0 com injeção eletrônica de combustível multiponto (Bosch LE-Jetronic), com rendimento de 116 cavalos a 5600 rpm e torque de 17,7 kgfm a 3200 rpm.
 Auto REALIDADE - www.autorealidade.com.br
Esta postagem é uma continuação da história do Ford Escort XR3: clique aqui para ler nossa matéria com um exemplar 1989 conversível!



Ainda tratando de termos mecânicos, o câmbio manual de 5 marchas passou a ter comandos por cabos flexíveis e ser importado da Argentina; o esquema de suspensão passou a ter braços triangulares inferiores na dianteira e eixo de torção atrás (dispensando os amortecedores traseiros reguláveis disponíveis no XR3 Fórmula e substituindo o esquema independente anteriormente adotado), e os freios passaram a ter discos nas 4 rodas. O tanque de combustível acomodava 64 litros.


Por fora, o estilo era praticamente idêntico ao do Escort que os europeus podiam comprar naquela época. O XR3 se distinguia pela grade superior fechada e para-choques com maiores entradas de ar e filetes vermelhos, que se estendiam pelas laterais. As rodas de 14 polegadas eram calçadas com pneus 185/60. Para arrematar, o esportivo trazia aerofólio traseiro na cor da carroceria, logotipos vermelhos na tampa do porta-malas (desde que o carro não fosse vermelho) e teto solar de vidro com operação manual de série. Curiosamente, a carroceria ficou 2 centímetros menor que a do Escort anterior (passando a 4,04 metros de comprimento), mas a distância entre-eixos foi ampliada em nada menos que 12 centímetros (passando a 2,52 m), garantindo mais espaço aos ocupantes.


O interior também apresentava boas novidades em relação ao Escort anterior, ainda que mantendo o posicionamento dos principais comandos. O volante passou a ter três raios, aro da buzina vermelho e ajuste de profundidade. Já os instrumentos mantinham a disposição da geração passada: conta-giros à esquerda, velocímetro ao centro (com hodômetros parcial e total) e, à direita, os marcadores de temperatura do motor e do nível de combustível. 


Abaixo havia uma fileira de luzes-espia (check-control), inclusive com indicação de porta aberta. O reloginho digital, antes com iluminação azul e localizado no teto, passou para a parte superior do painel. Já os botões dos vidros elétricos passaram a ficar entre os bancos.


A lista de equipamentos de série do XR3 contemplava vidros, travas, retrovisores e antena operados eletricamente, faróis de neblina, rádio com toca-fitas e visor digital, rodas de liga leve e limpador traseiro.


Opcionalmente, o esportivo podia receber bancos dianteiros Recaro com ajuste lombar, direção hidráulica, ar-condicionado, vidros com função anti-esmagamento, alarme e equalizador digital. Estes equipamentos estão todos presentes nesta unidade 1993/94 das imagens.


O XR3 Conversível também evoluiu nesta geração. Além das melhorias pelas quais também passou o hatch, a capota de lona passou a ter acionamento eletro-hidráulico. Este modelo vinha de série com ar-condicionado e vidros elétricos também na traseira. O conversível das imagens pertence à última safra do modelo (1995), que passou a ter injeção eletrônica FIC, volante com ajuste de altura (além da já existente regulagem em profundidade), rodas de liga leve de 5 raios e frisos externos pretos. 


Para 1996, a linha Escort passou a ter a versão Racer no lugar da XR3, com o mesmo motor e alguns dos elementos de estilo (como rodas e aerofólio), mas sem bancos Recaro, equalizador do rádio nem freios a disco na traseira. Em 1997, o Escort - em nova geração e importado da Argentina - passou a ter a versão esportiva RS, de duas portas. Mas esta é uma história que fica para outra postagem...

Galeria de fotos - Ford Escort XR3 2.0i





Galeria de Fotos - Ford Escort XR3 Conversível 2.0i


 Auto REALIDADE - www.autorealidade.com.br

Comentários