Ford Del Rey: a história do modelo que era alternativa de luxo à linha Corcel


O Del Rey foi um modelo que ainda hoje é lembrado quando o assunto são os carros da Ford do passado, focados em oferecer conforto ao dirigir e bom acabamento interno. Lançado em 1981, o sedã de porte médio substituiu indiretamente o Galaxie Landau, bem maior, e era estruturalmente baseado no Corcel II.



O design do Del Rey foi marcado pela carroceria de linhas retas, com três volumes bem definidos e versões de duas e quatro portas desde o lançamento. Ele era equipado com o motor 1.6 do Corcel, de 69 cavalos, que oferecia economia de combustível em detrimento do desempenho.

Entre outros equipamentos, trazia trava de segurança para crianças nas portas traseiras, vidros elétricos e cintos de segurança retráteis, considerados novidades na época. Mas o item mais marcante do Del Rey era o console no teto, com luzes de leitura e relógio digital com iluminação azul. A versão mais completa do sedã, chamada Ouro, oferecia ainda bancos de veludo, retrovisores com comando interno, rodas de liga leve e faróis de neblina.

A suspensão firme e silenciosa era outro atributo elogiado do veículo. Em 1983, o Del Rey ganhou a opção do câmbio automático e no ano seguinte incorporou o motor CHT então utilizado no Escort, que tornou o seu desempenho mais ágil. A linha foi reestilizada em 1985, trazendo as versões GL, GLX e Ghia, e no ano seguinte passou a oferecer direção hidráulica de série. Em 1989, introduziu o motor 1.8 AP, um dos reflexos da união da Ford com a Volkswagen na Autolatina, firmada dois anos antes.


Junto com Monza e Santana, o Del Rey foi, no Brasil, um dos representantes do segmento de carros médios de luxo. Em seus 10 anos no mercado, o Del Rey vendeu cerca de 350 mil unidades e representou com brilho os valores da marca. Em 1991, foi substituído pelo Versailles, que era um Santana com roupagem Ford.


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