As novidades do Fiat Bravo linha 2016


Apresentado aos brasileiros em 2010 durante o Salão do Automóvel de São Paulo, o Fiat Bravo exibiu suas novidades para a linha 2015 exatamente quatro anos depois - e o hatch médio passa a estar presente nas concessionárias. Sem viabilidade de criar um concorrente forte para enfrentar Golf VII e Focus III (um investimento alto em um segmento que anda em baixa nas vendas), a solução é reestilizar e agregar conteúdo ao Bravo, que chega em quatro versões: Essence, Sporting (ambas aqui mostradas), BlackMotion e T-JET.


Externamente, as modificações dividem opiniões, mas ao menos o deixaram com aspecto atual. A grade superior forma um trapézio arredondado com o espaço da placa de licença, e os para-choques recebem desenho mais agressivo. As rodas de liga leve (16'' no Essence, 17'' no Sporting e nas demais versões) também foram redesenhadas, e os adesivos na lataria, atualizados. As lanternas, assim como os faróis, tiveram o formato mantido mas agora contam com contorno escurecido e novo desenho interno, e o logotipo "Bravo" foi deslocado para cima do escudo da Fiat. 


Por dentro, o Bravo conserva o interior de bom acabamento, espaço razoável e comandos ergonômicos, agora predominantemente preto. A principal novidade da linha 2016 é a central multimídia Uconnect, que agora vem de série no Linea e no Punto T-JET, e é item opcional para Uno reestilizado e demais versões do Punto. De fábrica, este sistema traz tela de 5 polegadas sensível ao toque, rádio com comandos de voz, informações do computador de bordo, streaming de áudio e atalhos no volante, além de entradas USB e auxiliar no porta-trecos abaixo dos comandos de ar-condicionado. A qualidade de som, mesmo selecionando as rádios, é elogiável. Não há GPS ou câmera de ré, itens disponíveis como opcionais na central Uconnect Premium (a bola fora é que a tela continua sendo de 5'', enquanto Focus e Golf superam as 8 polegadas). 



O quadro de instrumentos oferece melhor leitura, com velocímetro e conta-giros separados em largas cúpulas e a indicação analógica do nível de combustível e da temperatura da água no motor. A tela monocromática, agora com iluminação branca ao invés da cansativa laranja, abriga o computador de bordo, que exibe distância percorrida, consumo médio, consumo instantâneo, autonomia, velocidade média e tempo de percurso.


Seu volante revestido em couro possui assistência elétrica e pode ficar mais leve apertando-se o botão com o símbolo da direção, que ativa o modo City, tornando as manobras em baixa velocidade mais suaves (o raio de giro passa a 10,7 metros, pouco menor que o do Golf VII, de 10,9 m). Em modelos com o câmbio automatizado Dualogic Plus, há alertas para trocas sequenciais de marcha.


Outros equipamentos de destaque são: bancos de couro, ar-condicionado (tradicional, com saída traseira direcionável), apoio central com porta-objetos refrigerado, controlador automático de velocidade, alerta de manutenção programada e ultrapassagem do limite de velocidade, para-sóis com espelhos (iluminados assim que a tampa é aberta), luzes de leitura com ajuste de intensidade, porta-luvas com iluminação e amortecimento,


O Sporting, assim como a versão T-JET, traz de série o teto solar panorâmico SkyDome, que se estende até os passageiros de trás e abre eletricamente na parte da frente. No banco traseiro, o espaço interno é apenas razoável para pernas e cabeça. Já o porta-malas possui a boa capacidade de 400 litros.

No quesito segurança, o Bravo traz de série três apoios de cabeça traseiros, airbag duplo, freios a disco nas quatro rodas com ABS e EBD (distribuição eletrônica de frenagem),acionamento automático do pisca-alerta em frenagens de emergência, destravamento das portas e corte do combustível em colisões, o que é "básico" para um hatchback médio. E nas versões Sporting e Essence não há 7 airbags, hill-holder ou controle de estabilidade nem como opcionais.

O motor 1.8 16v de 130 cavalos e 18,4 kgfm de torque (com gasolina)/132 cv e 18,9 kgfm @ 4500 rpm (com etanol) oferece bom desempenho (a Fiat declara que o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos, chegando à velocidade máxima de 193 km/h com etanol; com gasolina, os números são: 10,3 s e 191 km/h) e consumo apenas mediano (abastecido com etanol, faz 6,4 km/l na cidade e 7,5 km/l na estrada; utilizando gasolina, as médias do INMETRO sobem para 8,9 km/l no percurso urbano e 10,9 km/l no circuito rodoviário, recebendo a nada honrosa classificação E de eficiência energética), aliado ao câmbio manual ou Dualogic Plus recalibrado, ambos de cinco marchas. Mas o propulsor ainda conserva o reservatório de gasolina para partida a frio. Em relação aos modelos BlackMotion e Essence, o Sporting traz um acerto mais esportivo de suspensão.



Vale a pena investir em um Fiat Bravo? É preciso considerar que muitos dos itens interessantes são apenas opcionais, e que o modelo saiu de linha na Europa em 2014 (sem deixar sucessor). A versão Essence (acima) parte de R$ 61 990, atraentes analisando o valor e seus itens de série: ar-condicionado, direção elétrica, descansa-braço central com porta-copos no banco traseiro, saída de ar-condicionado para quem senta atrás, computador de bordo, spoilers laterais e sistema multimídia Uconnect. 


A versão Sporting devidamente equipada tem como concorrentes diretos: Ford Focus SE 1.6 PowerShift (R$ 76 900), VW Golf Comfortline 1.4 TSI (R$ 73 800 sem opcionais), Chevrolet Cruze Sport6 LT (R$ 75 190, equipado com pacote R7H), Hyundai i30 de entrada (R$ 76 490) e Peugeot 308 Allure 2.0 (R$ 72 590).

Sem opcionais, custa R$ 67 990, só que para ficar igual ao carro das imagens (acrescentando rebatimento elétrico dos retrovisores externos e sensores de estacionamento por R$ 918; câmbio Dualogic por R$ 3310 e bancos de couro por 2484), o preço chega a R$ 74 702, ainda sem incluir a central multimídia com GPS, câmera de ré, sensores de chuva, de luminosidade e de estacionamento frontal. Para quem quer partir para uma tocada esportiva, há o Bravo T-JET, com motor 1.4 turbinado de 152 cavalos, e que parte de R$ 78 490.






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