Carros de 7 lugares: cada vez mais difícil encontrar uma opção no Brasil


Quando um tio meu - casado e com três crianças pequenas, que eventualmente dará carona a outras pessoas da família - me pediu uma sugestão de automóvel zero com sete lugares, fiquei até com vergonha de falar sobre as opções. Isto porque, abaixo dos 100 mil reais, existem pouquíssimas alternativas disponíveis em nosso mercado que atendam a este público. 



A Chevrolet dispõe da Spin, mas a minivan baseada no Cobalt assusta consumidores, com seu visual de carro funerário (e há 5 anos sem mudar). Apesar de ter uma boa lista de equipamentos (direção elétrica, ar-condicionado, trio elétrico, central multimídia com espelhamento de tela de celulares e assistência OnStar) e conjunto mecânico confiável - motor 1.8 8 válvulas aliado ao câmbio manual ou automático de 6 marchas - a Spin não tem o mesmo brilho da antecessora Zafira quando o assunto é modularidade dos bancos da terceira fileira. A única versão com sete lugares é a LTZ, por R$ 70.990 (manual) ou R$ 74.990 com câmbio automático.


Outra opção disponível é o Fiat Doblò. Quando entrei em um recentemente, praticamente viajei no tempo - para o passado. Se o visual está sem mudar desde 2009, o interior é praticamente igual ao de quando chegou ao Brasil, há 15 anos. A sensação de é de guiar um furgão, não uma minivan. Tem méritos como a boa área envidraçada aliada aos grandes retrovisores e à posição mais elevada da alavanca de câmbio. Mas, apesar do projeto antigo, o preço é bastante elevado: R$ 83 500 pela única versão com sete lugares disponível, a Essence 1.8 16 válvulas, unicamente com câmbio manual, que vem com direção hidráulica, ar-condicionado, travas e vidros dianteiros elétricos. E olha que rádio, sensor de ré, retrovisores elétricos e comandos de som no volante são opcionais.


Corre por fora a JAC J6, minivan que começou a ser comercializada em 2012 e que tem preço de tabela mais reduzido: R$ 66 990, com motor 2.0 Flex de 155/160 cavalos e câmbio manual de 5 marchas. Além do fato da JAC Motors não ter uma rede ampla e estabelecida de concessionárias, a J6 será justamente um dos modelos da montadora chinesa que deixará de ser importada, abrindo espaço para os SUVs.


Quem não quiser algum dos modelos mencionados nesta matéria terá que pagar mais de R$ 100 mil por um automóvel de 7 lugares. Uma das opções "menos caras" disponíveis é o Citroën C4 Grand Picasso, que custa R$ 131 400. Na categoria dos utilitários esportivos grandes, existem mais opções de modelos de sete lugares (Kia Sorento, Chevrolet Trailblazer, Toyota SW4, Mitsubishi Outlander e Pajero). Entretanto, considerando os SUVs compactos (segmento de grande sucesso em nosso País), nenhum traz a opção de assentos adicionais.

Assim como em outros segmentos, a baixa demanda desestimulou as montadoras a oferecerem opções de carros para 7 pessoas. A Nissan deixou de oferecer o Grand Livina, de um segmento que vende pouco, para investir no Kicks, que vem sendo bem-sucedido mas só tem opção de cinco lugares. A Fiat, que retirou o Freemont do cardápio, poderá oferecer um SUV derivado do Toro, porém não é certeza que este novo modelo terá opção de sete assentos. Para 2018, há duas opções de novidades com 7 lugares confirmadas: o Peugeot 5008 e o Volkswagen Tiguan AllSpace. Ambos com preço ao redor de R$ 150 mil...


Comentários

viajero disse…
A Renault teria algum representante da linha Logan com 7 lugares?
Fico impressionado como somos subestimados pelas montadoras...Tanta opção disponível na Argentina, no Chile, e o brasileiro só "aguando"...
Júlio Max disse…
Em algumas regiões, a minivan Dacia Lodgy é comercializada com a marca Renault e dispõe da terceira fileira de bancos. A perua Logan MCV chegou a ter opção de 7 lugares na primeira geração e abandonou este esquema no modelo mais recente.

O que vem sendo testado na Argentina e no Brasil é o multivan Dokker, para substituir o Kangoo e rivalizar com o Fiat Doblò, mas a Renault parece reticente em relação ao lançamento deste modelo, disponível nas carrocerias furgão e com cinco lugares.
Unknown disse…
Até o momento alternativas o que tmote nos paises visinha?
Sandra disse…
O doblô não deixou de ser produzido no Brasil este ano?