A adrenalina de um exemplar anabolizado do BMW M235i!


Quando a BMW resolveu criar a Série 2 (composta por cupês e conversíveis derivados do hatch Série 1), apostou também em um modelo com nível intermediário de esportividade, que conciliasse diversão e conforto na cidade. Surgiu assim o M235i, que na hierarquia de esportividade da linha Série 2, fica abaixo apenas do M2 (significativamente mais caro e focado na maior entrega de performance em circuito). 


Lançado em 2014 no Brasil como modelo 2015 (exatamente o ano e modelo deste exemplar), o M235i adotou o motor 3.0 de seis cilindros em linha, 24 válvulas, turbinado e com injeção direta de combustível. Originalmente ele rende 326 horsepower e torque de 45,9 kgfm, mas o exemplar em questão, preparado, tem "pelo menos" 500 cavalos. Essa força toda é despejada para as rodas traseiras. O câmbio é automático, de 8 marchas, com shift paddles.


Por fora, destaque para a cor Vermelho Melbourne (o nome é uma referência à cidade australiana que abriga um circuito de Fórmula 1). Algumas partes, como as capas dos retrovisores, o aerofólio na tampa do porta-malas e os spoilers integrados aos para-choques, são de fibra de carbono aparente.


As rodas cinzas de 18 polegadas foram substituídas por outras de 19 polegadas (as mesmas disponíveis no M3) - a impressão é de que preenchem bem melhor as caixas de roda. Atrás, fala mais alto o escape com assinatura Akrapovic nas ponteiras.


A lista de equipamentos é interessante e inclui som Harman Kardon, teto solar elétrico, sistema multimídia com internet através do cartão SIM, 6 airbags, ar-condicionado automático digital com 2 zonas e saídas traseiras, bancos dianteiros elétricos com extensores manuais para as coxas e 2 memórias de posição para o motorista; sensores de estacionamento frontal e traseiro, faróis direcionais de xenônio nos fachos baixo e alto, controle automático de velocidade com função freio, câmera de ré e seletor de modos de condução Driving Experience Control, com modos Eco Pro, Conforto, Sport e Sport+. 


O cupê tecnicamente tem 4 lugares; quem vai atrás até conta com mais espaço do que em outros modelos do mesmo segmento, como o Audi TT. Quem tem 1,80 metro de altura tem bom espaço para o teto e área razoável para as pernas. Só o jeito de chegar no banco traseiro demanda um pouco de paciência: puxa-se uma alça para colocar o encosto para a frente, e se apertam os botões para avançar ou recuar o banco eletricamente.


Assumi o volante da fera para poder contar um pouco sobre as impressões ao dirigir. Talvez um pouco assustado pelos muitos avisos para não abusar do acelerador, o começo desta volta foi muito mais tranquilo do que poderia imaginar - pelo jeito que falaram, parecia que o ímpeto do carro era tão forte que seria necessário segurá-lo o tempo todo com o pé no freio. Mas de início foi como guiar um BMW automático comum (incluindo-se aí a operação da alavanca de câmbio, que não corre sobre trilho físico: a posição Park libera-se por botão e em seguida se aperta outro botão, mais discreto, para deslizar a alavanca para o Drive).


Mas bastou acelerar em linha reta para entender plenamente a brutalidade que tanto já tinham comentado. Ele é muito mais visceral do que tudo que já tinha guiado (e olha que já dirigi Mustang e Camaro). Diferente destes dois muscle cars, com motores aspirados e que estavam com controles eletrônicos ativados nos test-drives, o M235i entrega a força quase no mesmo momento em que o acelerador é pressionado, ao mesmo tempo em que as rodas querem se desgarrar - e isso mesmo no modo Sport, ainda com controle de estabilidade operando. Saí do carro como quem sai de uma montanha-russa, com um frio no centro da barriga e o sorriso de quem recebeu uma dose de adrenalina. O Herman, que gravou vídeo com o BMW para o @showcarsthe, teve a mesmíssima impressão...

Vem conferir mais detalhes do BMW M235i abaixo!


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