Os detalhes sobre a nova gasolina brasileira

Em janeiro de 2020, a ANP publicou sua Resolução nº 807 para estabelecer as novas especificações para a gasolina para automóveis, revogando a Resolução ANP nº 40 de 2013. As modificações visam aproximar a gasolina oferecida no Brasil dos padrões internacionais de combustíveis, definidos pelas montadoras de veículos, visando proporcionar uma maior eficiência aos motores e um menor índice de emissão de poluentes.
A gasolina brasileira agora conta com três novas especificações. Foi agora estabelecido um limite mínimo para a densidade (massa específica a 20º C) do combustível. Na prática, a gasolina com menor densidade tem maior consumo do que o mesmo combustível com maior densidade. Tanto a gasolina comum quanto a premium deverão ter densidade superior a 715 kg/m³.
Também foi alterada a especificação da octanagem da gasolina. Antes era usado o IAD (índice antidetonante) como limite para a octanagem; agora, a ANP passa a especificar o número RON, especificação de maior valia para os motores mais modernos, em especial os turboalimentados e/ou com injeção direta de combustível. Para a gasolina comum, o RON mínimo será de 92 até o final de 2021, sendo estabelecido o RON 93 a partir de 1º de janeiro de 2022. Já a gasolina premium terá RON 97 desde já. E a gasolina Podium possui RON 102.
E foi introduzida uma especificação de limite mínimo para temperatura de destilação (T50). Esse limite restringirá a comercialização de gasolinas formuladas com frações muito leves - as conhecidas gasolinas batizadas, que fazem os motores perderem rendimento. Tanto a gasolina comum quanto a premium deverão ter temperatura de destilação entre 77º C e 120º C. 
As novas especificações da gasolina brasileira entraram em vigor no último dia 3 de agosto, mas existe uma tolerância até o dia 2 de outubro de 2020 para a adequação do combustível comercializado pelas distribuidoras, e até 1º de novembro de 2020 para adequação nos postos de combustíveis.

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