Governo Federal anuncia fim do programa de descontos para automóveis novos

Um mês depois de iniciado, o programa de carros até R$ 120 mil mais baratos no Brasil chegou ao fim nesta sexta-feira (7 de julho), com a liberação de todos os recursos disponibilizados pelo Governo Federal para uso das montadoras, na forma de créditos tributários convertidos em descontos ao consumidor. A estimativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) é de que 125 mil unidades de automóveis zero-quilômetro tenham sido comercializadas com descontos.

Em coletiva de imprensa na sede do MDIC, o vice-presidente da República e ministro Geraldo Alckmin lembrou a importância da regra de exclusividade de venda para pessoas físicas, aplicada nas primeiras semanas do programa e que durou até o patamar dos R$ 500 milhões concedidos em créditos. “Só para pessoas físicas, nos 500 milhões, foram vendidos 95 mil veículos”, comentou. “Nos últimos dias de junho foram faturados 79 mil veículos. Só que não foram emplacados. Eles serão emplacados em julho. Então, julho vai dar um salto”, afirmou o vice-presidente.

Ao todo, foram liberados R$ 650 milhões dos R$ 800 milhões disponíveis. Os R$ 150 milhões restantes irão compensar a perda de arrecadação de impostos provocada pelos descontos no preço final, como determina a Medida Provisória que instituiu o programa.

Os créditos por montadora, com base nos pedidos e relatórios entregues ao MDIC, ficaram divididos da seguinte forma: FCA Fiat-Chrysler, R$ 230 milhões; Volkswagen, R$ 100 milhões; Renault, R$ 90 milhões; Hyundai, R$ 80 milhões; GM e Peugeot-Citroën, R$ 50 milhões cada; Nissan e Toyota, R$ 20 milhões cada; e Honda, R$ 10 milhões. 

Na modalidade de veículos pesados, o programa continua. Para caminhões, foram requisitados pelas montadoras, até o momento, R$ 100 milhões dos R$ 700 milhões disponíveis, e para ônibus, R$ 140 milhões de R$ 300 milhões.

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