GWM Haval H6 HEV e PHEV: nossas impressões ao dirigir estes dois SUVs híbridos!

Texto e Fotos | Júlio Max, de Teresina - Piauí
Matéria feita em parceria com @showcarsthe

Com grandes planos para o mercado automotivo brasileiro, a Great Wall Motor (GWM) já está mostrando bons resultados neste setor desde o seu estabelecimento em território nacional: foram nomeadas 50 concessionárias (que, no caso de lojas que ainda não estão concluídas, já operam estandes dentro de shoppings centers) e as condições atraentes de compra desde a época da pré-venda dos seus modelos, iniciada em março, impulsionaram significativamente as vendas da marca no País. Atualmente, a GWM possui três modelos da linha Haval à disposição dos brasileiros (H6 HEV, H6 PHEV e H6 PHEV GT), e, a partir de maio de 2024, a marca inicia a produção nacional de automóveis em Iracemápolis (SP), após adquirir a fábrica de carros da Mercedes-Benz. Outras linhas de modelos da GWM devem ser apresentadas ao Brasil nos próximos anos, como Poer, Tank e Ora. Nós do Auto REALIDADE pudemos dirigir os modelos H6 HEV (R$ 214.000) e PHEV (R$ 269.000), que se destacam principalmente pelo que entregam pelos seus preços de tabela.

Conhecido agora pelos brasileiros, o Haval H6 já está em sua terceira geração, que estreou mundialmente em 2020: o primeiro modelo foi apresentado na China em 2011, e o segundo, em 2017. As versões híbridas surgiram em 2021 na Ásia. No nosso País, optou-se por oferecer este modelo sempre com conjunto mecânico híbrido, ainda que haja a disponibilidade de versões movidas somente a gasolina em alguns mercados mundo afora. Para o Brasil, a marca também pretende oferecer modelos totalmente elétricos e movidos a hidrogênio no futuro.

A GWM atendeu a sugestões do público nas pesquisas de mercado e da imprensa especializada, executando alterações especificamente para o Brasil em alguns detalhes. Em mercados internacionais, o H6 possui cromados nos frisos acima das luzes de neblina, abaixo da passagem de ar inferior do para-choque, em torno das janelas laterais, nos frisos da parte inferior das portas, no filete da tampa do porta-malas acima da placa e na "flecha" que começa no para-lama dianteiro e avança em direção às portas da frente. Todos estes detalhes foram pintados de preto nos exemplares destinados ao Brasil, visando dar um ar mais jovial ao SUV. Além disso, o logo Haval na dianteira tinha fundo azul nos exemplares pré-série, rapidamente substituído pelo tom escuro (com tramas de triângulos em destaque), e a fonte dos caracteres é nova, menos inclinada. A mescla entre diamantação e detalhes na cor cinza das rodas da versão PHEV também é um aspecto exclusivo do modelo brasileiro.

A frente do Haval H6 traz faróis alongados, com projetores, inscrição "LED Premium Vision" e molduras pretas com triângulos. As lentes estão integradas à ampla grade dianteira. Assim como em alguns modelos da Peugeot, não há uma delimitação tradicional dos contornos desta peça: os adereços cromados presentes nas aberturas centrais de ar se estendem para as laterais do para-choque frontal. Este, por sua vez, traz fendas agressivas para alojar os faróis de neblina de LED, que incorporam a função cornering, acendendo automaticamente apenas uma das luzes em curvas de baixa velocidade.

Os modelos H6 HEV e PHEV são praticamente idênticos do lado de fora, mas existem algumas diferenças. Só o PHEV traz portinhola no para-lama traseiro direito: é onde ficam as entradas para recarga de energia - as tampas de borracha dão acesso às entradas de corrente AC e DC. Além disso, as rodas do HEV são totalmente pintadas de preto, e no PHEV elas trazem face diamantada e detalhes internos em cinza. Nos dois modelos, as rodas são de 19 polegadas, mas os pneus do modelo PHEV são ligeiramente mais largos (235/55 x 225/55). O HEV traz pneus Hankook Ventus S1 evo3 e o PHEV utiliza pneus Cooper Evolution CTT. Nos dois, as capas dos retrovisores externos incorporam luzes de seta em LED (além de iluminação de cortesia, que clareia o chão ao abrir uma das portas da frente) e o teto traz antena ao estilo "barbatana de tubarão". Os frisos longitudinais do teto e as molduras dos vidros laterais trazem a cor preto-brilhante, enquanto maçanetas externas e capas dos retrovisores seguem a cor da carroceria. Nas versões HEV e PHEV, o teto solar panorâmico é opcional e custa R$ 10 mil adicionais em ambos.

Na traseira, o H6 conta com lanternas totalmente de LED com interligação luminosa na tampa do porta-malas. Extenso, o brake-light fica acima do vidro traseiro, incorporado ao aerofólio da tampa do porta-malas. A logotipia das duas versões é cromada e bem semelhante: ambos trazem o emblema Haval em grandes dimensões, com os nomes "H6" no canto esquerdo e "GWM" no canto direito. O emblema HEV ou PHEV traz contornos azulados. O para-choque traseiro possui refletores verticais e, na parte inferior, uma espécie de extrator de ar.

As versões HEV e PHEV do H6 possuem o mesmo comprimento (4,68 metros), altura (1,705 metro) e largura (1,89 m sem os retrovisores e 2,16 m com os espelhos). O vão-livre do solo é de 18,1 centímetros no HEV e 18,2 cm no PHEV, o que reflete em melhor ângulo de ataque no modelo híbrido plug-in (23,7 x 21,4 graus). Porém, no ângulo de saída, o modelo de entrada leva a melhor (28,1 x 27,9 graus). Com o conjunto mecânico mais complexo, o modelo PHEV também é mais pesado (2040 x 1699 quilos).

Estão disponíveis seis opções de cores para a carroceria dos dois modelos, que, segundo a GWM, foram inspiradas em pedras preciosas brasileiras: Azul Topázio, Preto Hematita, Marrom Citrino, Cinza Diamante, Branco Ágata e Vermelho Granada. Já o interior traz combinação de cores única, predominantemente em preto, com material sintético, que contrasta com os focos de iluminação interna em azul. Os dois modelos possuem 5 anos (sem limite de quilometragem) e 8 anos de cobertura de fábrica para a bateria do conjunto híbrido, com limite de 200 mil quilômetros.

O interior do Haval H6 reforça a boa impressão deixada do lado de fora. A ambientação interna tem linhas modernas e limpas, em um estilo minimalista: os comandos de operação de sistema multimídia, configurações e ar-condicionado estão praticamente todos concentrados na tela sensível ao toque do painel ao centro, com alguns botões físicos para facilitar o acesso às funções mais primordiais.

O volante de três raios dispõe de revestimento de couro com costuras brancas aparentes e comandos para operação do quadro de instrumentos, além do ajuste de volume, mudo e alternância de faixas e estações do sistema de som. Há também dois botões (indicados por um + e um *) cujas funções podem ser personalizadas (é possível ativar câmeras em 360 graus, ar-condicionado automático, tocar estação favorita, selecionar o modo de condução e mudar o modo de assistência da direção). A coluna de direção é ajustável manualmente em altura e profundidade.

Com tela digital de 10,25 polegadas, o quadro de instrumentos traz informações em dois círculos: o da esquerda mostra a velocidade acompanhada do nível de combustível com autonomia estimada, do reconhecimento de placas (de velocidade ou de alertas) e da luz-espia Ready, que indica que o veículo está pronto para ser guiado; já do lado direito há indicadores combinados que exibem a rotação do motor a combustão, a demanda de energia em porcento e, somente no PHEV, o nível de eletricidade disponível e a autonomia elétrica estimada. Na parte central superior da tela aparecem informações como relógio, posição de câmbio e modo de condução selecionado. Ao centro, um ícone com o Haval exibe o reconhecimento de faixas e de outros veículos ao redor, com ícones que representam motos, carros e caminhões. Também há indicação de porta, porta-malas ou capô abertos.

As informações de computador de bordo são exibidas no canto direito da tela. É possível conferir as informações de trip A ("desde o início") e trip B ("após redefinir"), com distância percorrida e velocidade média na primeira tela, além de tempo de viagem e consumo de combustível médio na segunda tela, além de pressão (em psi) e temperatura (em graus Celsius) dos pneus, temperatura do líquido de arrefecimento do motor, hodômetro total, indicador econs (monitora a utilização instantânea do acelerador ou do freio), indicador de consumo instantâneo em litros por hora e indicação do fluxo de energia do veículo, com gráficos que exibem se o motor a combustão está em funcionamento ou não, se está ocorrendo gasto ou regeneração de energia e, no caso do PHEV, se o torque está sendo distribuído para o eixo dianteiro ou também o traseiro. Ao apertar os botões do volante das setas esquerda e direita, também é possível conferir na tela as informações sobre mídia (rádio/música em reprodução) e sobre o telefone pareado (como, por exemplo, as últimas chamadas recebidas).

O quadro de instrumentos é complementado pelo head-up display, que projeta velocímetro digital e informações de GPS, de chamadas telefônicas e de assistentes de condução do veículo, inclusive placas de velocidade reconhecidas. Nítida, a projeção dos caracteres pode ser feita na cor branca ou em azul-claro.

A haste de luzes possui quatro posições principais: de faróis desligados, luzes de posição acesas, faróis baixos ligados e acendimento automático dos faróis. Um comando secundário permite ligar os faróis e a lanterna de neblina. Um leve toque sem deslocar a alavanca até o clique aciona a seta três vezes.

Já a alavanca dos limpadores possui as posições Mist (com acionamento somente enquanto a alavanca for deslocada para esta posição), desligado, Auto (com possibilidade de ajustar a intermitência de operação deste modo), além do acionamento contínuo lento ou rápido. Na ponta desta haste estão os comandos do limpador traseiro.

Uma terceira haste, abaixo da alavanca de luzes, permite acionar o controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo (que atua entre 30 e 150 km/h) e selecionar a distância a ser mantida do veículo à frente em quatro níveis. O sistema incorpora a função Stop & Go, capaz de acompanhar a movimentação do veículo à frente mesmo após uma parada, e a Smart Cornering, que adapta a velocidade do veículo em função das curvas. Outra funcionalidade incorporada no Haval H6 é o assistente de condução em congestionamento, que atua de 0 a 150 km/h e acompanha a movimentação do veículo à frente, sendo capaz de voltar a andar sozinho em paradas de até 3 segundos. Após 3 segundos até 3 minutos, o motorista deve acionar o acelerador para o H6 voltar a andar; depois de 3 minutos, o freio de estacionamento eletrônico é automaticamente acionado.

A parte central do painel é dominada pela tela de 12,3 polegadas sensível ao toque do sistema multimídia, que incorpora diversas funcionalidades, a começar pelos diversos comandos de voz em português, com linguagem natural, sendo possível definir uma frase para inicializar a assistente, de voz feminina. O sistema também incorpora GPS nativo com informações de tráfego, atualizações de software "over-the-air" e internet 4G, fornecida pela operadora Claro, com Hotspot de Wi-Fi.

Pela tela é possível ter acesso aos comandos de ar-condicionado, com duas zonas de climatização (a regulagem é de meio em meio grau Celsius, de 16º C a 32º C), modo automático de funcionamento, purificador de ar ionizado, controle de qualidade de ar automático com filtro CN95 (que desativa o ionizador, e vice-versa), sete velocidades de vento e ventilação para os bancos dianteiros em três níveis, que esfria a região do assento. 

O menu de câmeras incorpora a visão em torno do veículo (em 360 graus), com linhas de guia, opções de visualização em 2D ou 3D, ajuste de "transparência" da imagem 3D (rotacionável com os dedos) do Haval, que até acende as luzes do freio e de seta (0%, 50% ou 100%), além de modo de guias de trajetória, vista auxiliar das rodas dianteiras ou traseiras e informação em centímetros de quanto o veículo atrás está próximo do GWM. Também são acessados por este menu o sistema de auxílio semi-automático ao estacionamento, que acelera, freia e esterça o volante ao reconhecer uma vaga, e a função Auto Reverse, similar a de alguns carros recentes da BMW, que refaz de ré (a 3 km/h) o trajeto feito pelo veículo nos últimos 50 metros, caso o carro não tenha ultrapassado 30 km/h, e é capaz de reconhecer novos obstáculos eventualmente presentes.

O menu de mídia permite escolher entre músicas online do Deezer (após fazer login), rádio AM e FM, Bluetooth e músicas ou vídeos nos dispositivos USB. Também é possível fazer o espelhamento do conteúdo do celular sem fio através do Android Auto e Apple CarPlay.

No menu de configurações do veículo há uma subdivisão de categorias, com os itens mais utilizados na parte superior. No menu "interior", é possível alterar definições do head-up display e do carregador de celular sem fio. No menu "exterior" há configurações do travamento das portas, do acionamento dos limpadores dianteiros e dos retrovisores externos. Existem ainda os menus de luzes, condução, manobra, direção e outros. No modelo HEV é possível escolher entre quatro modos de condução (Eco, Normal, Esportivo e Neve) e mais três modos de direção (Conforto, Normal e Esportivo), que interferem na assistência do volante a até 120 km/h. Já o PHEV dispõe de outros três modos de condução (Lama, Areia e AWD).

Há ainda o assistente de consumo de energia, que permite monitorar o fluxo de energia, a tendência do consumo de energia (com gráficos representando os gastos nos últimos 10, 50 e 100 km, bem como nos últimos 7 e 30 dias) e também as dicas de manutenção e condução mais econômica. No modelo PHEV também é possível conferir a autonomia total estimada (bem como as estimativas de rodagem só com gasolina e só com eletricidade), o nível atual de energia e, desde a última recarga, os consumos de gasolina e de energia, além da distância percorrida somente com a força da bateria.

A conectividade é completada com o aplicativo para celular GWM, que permite acesso a informações do veículo e controle de funções à distância. Entre as funções implementadas, estão: verificação da autonomia do veículo, acionamento do ar-condicionado, das travas e da tampa do porta-malas à distância, temperatura interna, pressão e temperatura dos pneus, percentual de bateria restante, litros de combustível restantes, quilometragem total, localizador do veículo e acesso a notícias da marca.

Logo abaixo da tela, uma fileira de botões permite ligar ou desligar o aparelho de ar-condicionado por completo (ou o compressor de ar, no botão A/C), o desembaçador dianteiro, o pisca-alerta (acende quando apertado), o desembaçador traseiro, as câmeras de visão em torno do veículo e, no botão da ponta direita, deixar o volume mudo (um toque breve), desligar a tela (apertando e segurando por 2 segundos) ou reiniciar a central multimídia (apertando e segurando por 10 segundos).

O console central é dividido em dois níveis. Na parte superior há uma superfície para carregar a bateria do celular por indução, com 15 Watts de potência (um bipe é emitido quando inicia o carregamento). Logo atrás está o rotor de operação do câmbio. A posição Parking é acionada com um toque no botão que fica no topo; ao girá-lo, se alterna entre as posições Ré, Neutro e Drive. Próximos a este seletor estão os botões para acionamento do freio de estacionamento eletrônico e do Auto Hold, que mantém o veículo parado, mesmo com a transmissão em Drive. Por motivos de segurança, com o carro em velocidade abaixo de 2 km/h, com a porta do motorista aberta e o cinto do motorista desafivelado, o câmbio automaticamente engata a posição P. Ao desligar o veículo, o Parking também é engatado, enquanto ao acelerar com o câmbio em Drive, o freio é automaticamente liberado.

À direita, uma tampa retrátil esconde dois porta-copos (com garras laterais retráteis e ajustáveis) e uma fenda que pode ser usada para encaixar a chave. O botão prateado permite abrir o apoio de braço dianteiro, que dá acesso a um amplo porta-objetos com fundo em carpete. A parte inferior do console possui mais um porta-trecos, com duas entradas USB-A (a que fica do lado esquerdo é capaz de ler dados; a outra serve para carregamento) e, do lado direito, uma tomada de 12 Volts.

A chave presencial traz o nome Haval gravado na face plástica e, na parte oposta, quatro botões para travar e destravar as portas (com acionamento dos piscas uma e duas vezes, respectivamente), acionar a tampa do porta-malas (de forma elétrica ao apertar duas vezes dentro de 2 segundos) e ligar luzes e sirene para localizar o veículo. Se a chave for levada para longe do carro, as portas são automaticamente travadas (e os vidros fecham junto). Há uma haste metálica embutida para ser inserida nas fechaduras caso necessário.

O porta-luvas traz tampa que desce suavemente e possui bom espaço. Carece de iluminação, mas vem acompanhado de um gancho retrátil do lado esquerdo da tampa, que pode apoiar a alça de uma bolsa ou sacola, por exemplo, desde que tenha no máximo 3 quilos.

O retrovisor interno tem lente anti-ofuscante (o escurecimento automático pode ser desativado) e, somente no PHEV, incorpora uma entrada USB-A de 5 Volts para fornecer energia para uma câmera de registro de tráfego. O console de teto traz indicação da ativação ou desativação do airbag frontal do passageiro (do lado direito do painel, acessível ao abrir a porta do passageiro da frente, está o switch para alterar o status da bolsa inflável), botão B-Call para entrar em contato com a central de atendimento GWM em caso de acidente (também há a chamada automática para o número 193 e o envio da geolocalização do veículo), acionamento das duas luzes dianteiras (brancas), porta-óculos e acionamento da persiana ou da parte frontal do teto solar elétrico, que levanta um defletor dianteiro quando o vidro é aberto. 

Teto e persiana contam com o recurso anti-esmagamento, e o vidro fecha automaticamente acima de 120 km/h ou, quando o carro estiver desligado, se o sensor de chuva detectar precipitação de água ou neve. Com o carro a cerca de 85 km/h, é perceptível uma turbulência de ar com o teto aberto, que se intensifica conforme a velocidade. Curiosamente, pelos botões, a operação de persiana e teto demanda pressão dos dedos até o fim, mas pelo comando de voz é possível fazer a abertura e fechamento "de uma vez".

Os para-sois trazem espelhos com tampa, porta-documentos e iluminação amarela dos dois lados. Há ainda três alças retráteis de teto para os passageiros, acompanhada de pequenos ganchos fixos e iluminação atrás.

A porta do motorista concentra os comandos de retrovisores elétricos (com rebatimento elétrico automático ao apertar os dois botões ao mesmo tempo), vidros elétricos (com função um-toque, funcionamento temporizado e recurso anti-esmagamento) e do bloqueio das portas (quando elas estão travadas, a luz fica acesa) e das janelas traseiras.

A parte esquerda do painel concentra quatro botões, para acionamento elétrico da tampa do porta-malas, regulagem de altura do facho dos faróis (entre os níveis 0 a 3), destravamento elétrico da portinhola do tanque de combustível (somente na versão PHEV; ainda é preciso apertar a tampa para efetivamente abri-la) e acionamento do controlador de velocidade em descidas. Logo abaixo há um porta-objetos aberto. No H6 HEV, há botão para o controle de estabilidade, que é ativado em cada partida e acima de 85 km/h. Com este sistema ativo, é possível usar o assistente de torque dinâmico da direção, que ajusta automaticamente o ângulo do volante de acordo com a diferença na velocidade das rodas entre os dois lados e a quantidade de variação dinâmica do veículo.

O banco do motorista traz ajustes elétricos para altura e distância do assento, inclinação do encosto das costas e regulagem lombar (em duas direções longitudinais). Para o passageiro dianteiro também há ajustes elétricos, porém neste caso foi suprimida a regulagem lombar e o ajuste de altura do assento. Os cintos de segurança possuem altura fixa e os encostos de cabeça são reguláveis manualmente. Os tapetes em carpete trazem o verso com uma espécie de velcro que ajuda a fixar no revestimento do piso.

Os ocupantes traseiros dispõem de duas saídas de ar direcionáveis, dois porta-revistas, duas entradas USB-A para carregamento com tampas, além do apoio de braço central em couro com tira de tecido para facilitar na abertura e dois porta-copos, que trazem garras laterais. As duas alças de teto para quem vai atrás incorporam luzes de leitura e ganchos fixos. O túnel central tem pouca elevação, permitindo a melhor acomodação das pernas do ocupante do meio e a instalação de um único tapete traseiro. Aliás, mesmo ocupantes de 1,90 metro de altura encontram bom espaço para cabeça e pernas, e três adultos conseguem se acomodar bem atrás. O encosto do banco traseiro é bipartido na proporção 60/40 e há fixações Isofix e Top Tether para cadeirinhas infantis. Apenas no HEV, sob o assento traseiro é possível ver uma pequena entrada de ar que ajuda a equilibrar a temperatura da bateria.

Em termos de acabamento interno, o H6 causa boa impressão, trazendo materiais macios ao toque na parte superior do painel (até próximo da borda com o para-brisa) e das portas dianteiras, além de insertos em couro preto com costuras brancas no apoio de braço dianteiro, na parte horizontal central do painel e nos forros das portas na frente e atrás, bem como forro de teto em tecido macio, superfícies emborrachadas no carregador de celular por indução, nos porta-copos dianteiros e no fundo do porta-objetos no nível inferior do console e carpete no porta-óculos e no porta-objeto sob o apoio de braço dianteiro. O revestimento de material sintético dos bancos dianteiros e laterais traseiros é parcialmente perfurado. Já os cintos dianteiros trazem carpete ao redor dos seus fechos.

No escuro, ficam iluminados os botões das quatro portas, bem como os comandos do lado esquerdo e no centro do painel, além do botão de ignição e boa parte dos botões do console de teto. Há ainda a iluminação ambiente azul na parte direita do painel (inclusive com traços que brilham no escuro sob o couro acima do porta-luvas) e nos forros de porta dianteiros. Bem que o H6 poderia ter focos de luz para os porta-objetos dianteiros, que ajudariam a localizar melhor as entradas de energia sem molduras iluminadas. Além disso, as duas luzes dianteiras só acendem simultaneamente (o que contraria o propósito de uma luz de leitura), e não há iluminação para o botão que faz com que as luzes de teto se acendam ao abrir uma das portas.

O sistema de som dispõe de quatro alto-falantes (de 25 W e 5,5 polegadas cada) e quatro tweeters, somando 140 Watts, com regulagem do volume conforme a velocidade do veículo. Na prática, é perceptível para os ouvidos que o som se projeta bastante para a frente, mesmo com a equalização centralizada, e há notável descompensação dos graves diante dos agudos, ainda que a distorção de áudio seja mínima em alto volume.

A lista de equipamentos de segurança inclui seis airbags (frontais, laterais dianteiros e de cortina), com possibilidade de desativação da bolsa inflável do passageiro dianteiro; alerta do não-uso do cinto de segurança para todos os ocupantes que considera o peso do corpo sobre o banco, freios ABS com EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem) e Brake Assist (que regula a pressão no pedal do freio), alerta de desembarque caso uma porta seja aberta e um veículo em movimento ao redor for detectado (acende a luz de ponto cego no espelho retrovisor e emite um alerta sonoro, funcionando com o carro ligado ou até 3 minutos depois de desligado), controles de tração e estabilidade, SCM (Second Colision Mitigation, que freia automaticamente em caso de colisão para evitar choques secundários), pré-tensionadores dos cintos, assistente de partida em ladeiras, freios com sistema de prioridade em caso de acionamento simultâneo com o acelerador, alerta de colisão frontal com reconhecimento de pedestres/ciclistas/motociclistas e frenagem autônoma de emergência para baixas velocidades, alerta e frenagem de emergência em caso de tráfego cruzado (à frente, nas situações de cruzamentos feitos a a até 20 km/h, e em marcha-a-ré), alerta de veículos em pontos cegos, alerta de saída da pista com assistente ativo de manutenção na pista (atua entre 60 e 150 km/h), auxílio de centralização de faixa, desvio automático que afasta o carro durante ultrapassagem de caminhões em até 30 centímetros, "caixa-preta" EDR (event data recording, que armazena dados do estado dos freios, velocidade, uso dos cintos e o estado da luz de advertência do airbag do veículo nos momentos antes de um acidente), alarme antifurto, acionamento do pisca-alerta em frenagens de emergência e destravamento automático das portas em caso de colisão.

O porta-malas tem a capacidade de 560 litros com os bancos em posição normal e de 1445 L com o rebatimento do banco de trás. A tampa traseira, que abre e fecha de forma motorizada, pode ser acionada por botão na chave, por botão na própria tampa, por comando interno, pela voz ou por um gesto do pé sob o para-choque traseiro. O habitáculo traz bagagito corrediço, iluminação e tomada de 12 Volts do lado esquerdo e, nas duas laterais, nichos para objetos pequenos. Os modelos não possuem estepe: ao invés disso, sob o forro do porta-malas há um kit de reparos para os pneus, além da bateria de 12 volts. 

O PHEV também traz um alojamento para carregador portátil. Além do recuo que auxilia no fechamento manual da tampa, do lado direito, há um botão no canto oposto para baixar eletricamente a tampa traseira. O forro do piso do porta-malas suporta cargas de até 100 quilos.

Tanto o Haval H6 HEV quanto o PHEV se utilizam de um motor 1.5 Turbo com injeção direta de combustível e movido a gasolina, de quatro cilindros e 16 válvulas. A versão HEV conta com um motor elétrico e uma bateria de 1,6 kWh, gerando a potência combinada de 243 cavalos e o torque de 54 kgfm, com tração dianteira. Nele, o tanque de gasolina comporta 60 litros e a velocidade máxima é limitada a 175 km/h. 

Já o modelo PHEV possui dois motores elétricos (um para o eixo dianteiro e outro para o traseiro), além de bateria de maior capacidade (34 kWh), que pode ser recarregada através da entrada embutida no para-lama traseiro direito. A entrega combinada de força passa a ser de 393 cavalos e 77,7 kgfm de torque. Em corrente alternada (AC), é possível carregar o conjunto elétrico de 0% a 100% em cerca de 5 horas, segundo a GWM. Também há a possibilidade de carregamento em corrente contínua (DC), sendo necessários 29 minutos para a carga de 10% a 80%. A autonomia elétrica, de acordo com o padrão NBR e a depender da forma de condução, pode chegar a 170 quilômetros. Neste modelo, a tração é integral e variável conforme a necessidade detectada pelo veículo. O tanque de combustível é um pouco menor, com capacidade de 55 litros, e o modelo chega a até 180 km/h.

Os dois modelos possuem o câmbio automatizado e-Traction com duas marchas à frente e contam com a capacidade máxima de reboque de 750 quilos.

Por motivos de segurança, caso o carro esteja ligado (com a luz-espia Ready no quadro de instrumentos) e o capô for aberto, automaticamente o carro é desligado. Há uma haste para sustentação do capô e mantas de isolamento no verso do capô e na parede corta-fogo, além de carenagens plásticas em boa parte do cofre do motor.

Impressões ao dirigir o Haval H6 HEV

O H6 é um SUV médio-grande, e esta característica fica evidente desde o momento em que se acomoda no banco do motorista - o posto de condução é naturalmente elevado e permite uma visão panorâmica do entorno do modelo da GWM. A partida normalmente é feita somente com o motor elétrico, o que faz com que a ignição seja tão silenciosa que o quadro de instrumentos precisa exibir uma mensagem indicando que você pode alterar a posição do câmbio e partir, além da luz-espia Ready. Acelerando levemente em Drive com o veículo fechado, o H6 desativa sozinho o freio de estacionamento eletrônico.

A direção tem diâmetro de giro de aproximadamente 12,0 metros e seu manejo é bastante agradável - aliás, é um dos aspectos que mais satisfaz no SUV. O modo Conforto é muito cômodo em estacionamentos e retornos, mas a direção elétrica se torna imprecisa e leve demais ao redor dos 60 km/h, exigindo mais movimentos para correção de trajetória. O modo Normal une o melhor dos mundos: é leve sem ser boba, e firme sem ser demasiadamente pesada. No modo Sport, sente-se o peso da direção ligeiramente maior que no Normal, mas ainda assim o manejo do carro permanece confortável. O aro tem boa pega - um apoio mais destacado para os polegares seria muito bem-vindo. Além disso, a buzina tem uma demora considerável entre o ato de apertar e emitir som.

Além disso, o Auto Hold, que elimina a necessidade de manter o pé no freio em paradas de trânsito, também atua de forma muito satisfatória: basta um toque leve no pedal do acelerador para o carro voltar a andar, sem esforços adicionais.

A operação da transmissão é fácil: o aro do rotor tem texturas que "encaixam" nos dedos e é possível passar diretamente da Ré para a posição Drive ao girar e segurar brevemente o comando. A opção por tornar a posição Parking acionada por botão clicável no pomo da alavanca é digna de elogios (em picapes da Ram com comando giratório, por exemplo, não é raro querer engatar a ré e cair em P, por conta da proximidade das posições).

O conjunto de suspensão dá conta de absorver bem os impactos das irregularidades do solo, ainda que as rodas grandes e os pneus de perfil razoavelmente baixo façam com que o H6 seja firme e repasse as chacoalhadas para a cabine. Ainda assim, ele se revelou bem silencioso. A altura em relação ao solo torna o H6 HEV capaz de superar lombadas altas sem dificuldades.

Os retrovisores são bem-dimensionados, mas a lente interna passa a impressão de uma visão distante do vidro traseiro, ainda que a angulação deste seja plenamente adequada para ver o que se passa atrás.

Os assistentes de condução, de um modo geral, funcionaram bem: o ícone nos espelhos do monitoramento de veículos em pontos cegos brilha de forma intensa e também há indicações no quadro de instrumentos. Em uma ocasião, o carro chegou a frear completamente de forma autônoma de ré, ao detectar outro veículo passando em direção perpendicular atrás. Também testamos o sistema de estacionamento semi-autônomo, que liga o pisca-alerta durante a execução das manobras. Basta seguir as instruções do sistema multimídia e se preparar para pisar no freio caso necessário: o GWM esterça o volante e acelera e freia sozinho. O carro conseguiu estacionar obedecendo muito bem às margens laterais, mas acabou colocando as rodas traseiras em cima da marcação do fim da vaga (na prática, acabou ocupando espaço significativo da vaga de trás). Já a exibição de faixas e veículos à frente na tela do quadro de instrumentos teve imprecisões em alguns momentos. O Auto Reverse atuou de forma satisfatória (por motivos de segurança, o retorno ao local original é feito lentamente, a 3 km/h).

O ar-condicionado resfria a cabine de forma eficiente, mas, na prática, sentimos bastante a falta de uma regulagem de ventilação mais fácil de operar, pois não há botão físico para esta função e, mesmo nos comandos simplificados de ar exibidos como atalho no canto esquerdo da tela, só é possível ajustar a temperatura e selecionar se vai haver sincronização de ar ou não. Faz-se, portanto, necessário entrar no menu de ar-condicionado - o que demora, principalmente se estiver ocorrendo o espelhamento de tela de um celular. Um detalhe no mínimo curioso é o fato de que, quando a ventilação do ar-condicionado está mais elevada, automaticamente sobe o volume dos sons de advertência do veículo (como o tique do pisca, por exemplo).

Para obter melhores resultados nas acelerações, o Haval H6 HEV dispõe até mesmo de um controle de largada de fábrica. Com o controle de estabilidade desativado, o motorista liga o carro, pisa no freio, engata o câmbio em D e libera o freio de estacionamento. Ao acelerar, ainda com o pé esquerdo no freio, a mensagem "Controle de Arranque Ativado" aparece no quadro de instrumentos. Aí é só liberar o pedal esquerdo e partir. Apesar da presença deste recurso, o HEV foi um pouco mais lento do que o dado de fábrica da aceleração de 0 a 100 km/h (7,9 segundos). Veja os tempos obtidos com o H6 HEV, cronometrados a partir do Dragy, em pista sem tráfego e ar-condicionado desligado:

Aceleração de 0 a 100 km/h: 8,6 segundos
Retomada de 40 a 80 km/h: 4,4 segundos
Retomada de 60 a 120 km/h: 7,48 segundos
Retomada de 80 a 120 km/h: 6,32 segundos

Condições do teste

Temperatura externa: 31°C
Altitude (estimada): 71 metros
Pressão dos pneus: 33,8/34,2 psi (dianteiro esquerdo/direito); 33,5/33,5 psi (traseiro esquerdo/direito)
Quilometragem do veículo no início dos testes: 762 km

O HEV é capaz de funcionar no modo elétrico a até cerca de 75 km/h, a depender das condições de rodagem. Em determinadas situações ao redor desta velocidade, é possível "desligar" o motor a combustão ao aliviar o pé do acelerador e pressiona-lo de leve. O consumo de combustível acaba sendo melhor na cidade do que na estrada, pois é no cenário urbano em que o motor elétrico tem mais condições de suprir o funcionamento do propulsor a combustão. Confira os dados de consumo com o exemplar avaliado:

Consumo de combustível: 10,2 km/l
Distância percorrida: 140,7 km
Velocidade média (estimada): 21 km/h

Impressões ao dirigir o Haval H6 PHEV

Ao sair do HEV e entrar no PHEV, é tudo bastante familiar. As cores dos revestimentos internos (e seus materiais), o espaço interno e os equipamentos são todos idênticos entre eles. Leva tempo para perceber as diferenças entre os dois modelos. Inicialmente, o quadro de instrumentos adiciona, do lado inferior direito da tela, um indicador de carga de bateria, com informação separada de autonomia. Quem está do lado do passageiro também pode ver a entrada USB-A do lado direito da moldura do retrovisor interno (muito boa para o carregamento rápido de um telefone, ainda que a localização seja mais apropriada para uma câmera de monitoramento DVR). Atrás, a única mudança é a ausência da abertura de ar abaixo do assento traseiro para equilibrar a temperatura da bateria.

Depois de dada a partida, as diferenças começam pelo fato de que a versão PHEV possui um som externo para que pedestres possam ser advertidos sobre a movimentação do veículo em baixa velocidade, reproduzido a até cerca de 30 km/h. Afinal, mesmo no modo híbrido de funcionamento, o Haval H6 híbrido plug-in é capaz de manter somente o motor elétrico em funcionamento a até 140 km/h, e ativa o motor a combustão somente quando o pedal do acelerador é totalmente pressionado ou quando é necessário haver geração de energia para o conjunto elétrico. Pelo sistema multimídia é possível selecionar o modo totalmente elétrico de funcionamento.


Utilizando-se de uma estação de recarga de 150 kW, o percentual de bateria do H6 PHEV subiu de 26% para 71% em aproximadamente 21 minutos. Nesta versão, é possível selecionar no sistema multimídia se o veículo vai funcionar em modo totalmente elétrico ou híbrido, além de programar horários e limites percentuais de recarga. Outra opção é estabelecer um nível mínimo de energia elétrica a ser mantido, entre 30 e 80%.

Quando a tampa do para-lama direito é aberta com o carro ligado, o quadro de instrumentos exibe um alerta para o fato de que não é permitida a recarga com o veículo pronto para partir (no modo Ready). É necessário desligar a ignição para poder começar a recarga. Uma vez conectado, o carro permite que a ignição seja feita - e com isso, o ar-condicionado pode ficar ligado enquanto ocorre o carregamento.

Mesmo com o peso adicional da carroceria, os conjuntos de suspensão e direção passam sensações muito parecidas com as transmitidas pela versão HEV. A sensação ao manejar o volante é de que ele sempre tem a assistência ideal: cômoda sem ser boba, firme sem ser pesada. Em pisos ruins, há absorção de impactos, mas é nítido que o acerto do conjunto torna o carro firme. Sentimos que o pedal do freio tinha operação mais "borrachuda" - além da carroceria mais pesada, também é preciso considerar que, quando dirigimos este exemplar do PHEV, ele já havia passado dos 2 mil quilômetros rodados, enquanto o HEV mal havia superado os 700 km.

Tanto o modelo HEV quanto o PHEV dispõem do modo de condução One-Pedal, que é mais comum em modelos puramente elétricos. Ele incrementa a atuação do freio-motor a um ponto em que, assim que o pedal do acelerador deixa de ser pressionado, o SUV inicia uma desaceleração significativa até a parada completa, acendendo as luzes de freio neste processo. Com um pouco de prática, é possível ter noção do quanto o carro começa a frear e ir dosando o pedal do acelerador em situações de desaceleração. Em pouco tempo se pega o jeito: acabei sentindo falta deste recurso, quando tive que retornar para meu carro de uso cotidiano. Fora do modo One-Pedal, é possível escolher o nível de regeneração de energia entre três opções.

No PHEV, tivemos tempo para utilizar o piloto automático adaptativo, que permite quatro níveis de distância do veículo à frente, sendo capaz de manter uma margem segura mesmo no nível mínimo de distanciamento. No quadro de instrumentos, o veículo "escolhido" pelo Haval para se guiar surge na cor azul-claro, amarela ou vermelha, a depender da distância do posicionamento. A desaceleração autônoma pode ocorrer de forma total, como foi possível constatar na prática. Mas a operação pela alavanca na coluna de direção é confusa e requer tentativas e erros no uso.

As maiores diferenças entre os Haval H6 aparecem mesmo quando se pisa mais fundo no acelerador. O HEV até anda bem e retoma de forma rápida, mas o PHEV é surpreendentemente mais rápido - mesmo tendo carroceria significativamente mais pesada. A força aparece de forma vigorosa mesmo a menos de "meio pé" do curso do acelerador. Ao pressionar totalmente o pedal do lado direito, o corpo dos ocupantes, como se diz popularmente, "cola no banco" - só sentimos sensação parecida (e um pouco mais brutal) ao dirigir o Audi e-tron S Sportback - que hoje custa mais de três vezes o valor deste GWM. Nas acelerações, normalmente o motor elétrico dá conta de iniciar a "puxada", com o motor a combustão entrando em ação logo em seguida, em alta rotação. Se o pedal do acelerador permanecer em um nível intermediário, a força elétrica, que em situações normais é enviada somente para o eixo dianteiro, poderá ser encaminhada para as rodas de trás.

O desempenho do Haval H6 PHEV o credencia como o carro mais rápido que passou por nossas mãos neste ano (ao menos até agora...). Confira os resultados dos nossos testes, realizados em ambiente seguro e sem veículos, cronometrados a partir do aplicativo GPS Acceleration, com ar-condicionado desligado, controles eletrônicos ativados e modo Normal de condução:

Aceleração de 0 a 100 km/h: 4,9 segundos
Retomada de 40 a 80 km/h: 3,5 segundos
Retomada de 60 a 100 km/h: 3,8 segundos
Retomada de 80 a 120 km/h: 5,0 segundos

Condições do teste

Temperatura externa: 32°C
Altitude (estimada): 71 metros
Pressão dos pneus: 36,3/36,0 psi (dianteiro esquerdo/direito); 35,4/35,1 psi (traseiro esquerdo/direito)
Quilometragem do veículo no início dos testes: 2201 km

Outro aspecto que se sobressai nos dois modelos da Haval é a estabilidade da carroceria: mesmo ao acelerar totalmente em curvas e em velocidades altas, o motorista é capaz de manter a trajetória do carro com facilidade.

Durante nossa rodagem, o modelo PHEV consumiu bem mais energia do que combustível, mesmo operando sempre no modo de funcionamento híbrido. Recarregando até 100%, foi possível rodar 104,5 km somente com eletricidade e restaram 29% de carga.

Consumo de energia médio: 28,0 kWh/100 km
Consumo de combustível médio: 99,9 km/l
Distância percorrida: 204,1 km
Velocidade média (estimada): 26 km/h

Para concluir...

A experiência com os dois exemplares do Haval H6 permite constatar que a GWM está no caminho certo aqui no Brasil, oferecendo produtos que oferecem maior porte, mais equipamentos de comodidade e tecnologia, autonomia satisfatória e desempenho surpreendente na comparação com outros carros de preço semelhante. São carros que trazem argumentos bastante convincentes de compra - o que é um feito e tanto para uma montadora que está estreando este ano no mercado nacional.

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