Avaliamos o Nissan Livina nas versões S, SL e X-Gear


Você já deve ter visto – ou ouvido falar – sobre as agressivas campanhas promovidas para o Nissan Livina (monovolume que chegou discretamente ao mercado brasileiro em 2009) que atacam os concorrentes Chevrolet Meriva, Honda Fit, e especialmente o renovado Fiat Idea.




O comercial que representa chefes das montadoras tentando acertar seus engenheiros por não ganharem as premiações do Nissan Livina



O irônico pedido de desculpas (a Chevrolet, que faz o Meriva, entrou com ação no CONAR e conseguiu retirar o comercial acima do ar).



Ataque, desta vez, apenas ao renovado Fiat Idea

Faz-nos pensar: o Livina é tudo isso mesmo? Melhor que os concorrentes? O Auto REALIDADE foi tirar a prova, e andamos nas três principais versões do carro. A 1.6, de entrada, mais barata, ficou de fora, assim como a recém-lançada série limitada Night & Day. Mas passaram pelo nosso crivo a recém-lançada S, a aventureira X-Gear (tratada como veículo diferente pelos concessionários) e a top de linha SL, com câmbio automático.



Começando pelo estilo... Convido você a ver o Livina ao vivo, pois ele não é fotogênico, parece estreito demais nessas imagens. Não é o caso: com 1,69 metros de largura e 4,18 metros de comprimento, é ligeiramente maior que Idea e Meriva, os principais concorrentes. A frente traz grade quase igual ao do SUV Murano, enquanto os faróis carregam o DNA da marca, presente também em Sentra, Tiida e 350Z (este último bem mais arrojado. Curiosamente, veja a miniatura presente no showroom, abaixo).




A traseira é ainda mais convencional, sem o tuning presente na Meriva ou a modernidade dos LEDs do Idea, e detalhes como o estilo das rodas, os piscas sobre os para-lamas e os apliques pretos sobre o carro não contribuem para passar a sensação de ser um carro novo.


Ousadia, mesmo, só nos nomes das cores: a da foto de abertura é pintada na Prata Breeze, e andamos em outra SL, de cor Bege Sunset. A versão S é Preto Premium, enquanto a X-Gear que avaliamos vinha na cor Verde Army.


Por dentro encontramos um visual com acabamento bem-cuidado, comparável ao do Honda Fit. Nesse aspecto, a Meriva perde de longe, com peças emprestadas do Corsa e do Astra, e o Idea, mesmo com a renovação, manteve falhas de ergonomia.

O espaço interno é muito bom e oferece vários locais para guardar objetos, além de um criativo porta-copos na parte de trás do console, que é removível e pode ser montado para abrigar dois copos.

Os mostradores são convencionais, com iluminação laranja, não tão moderna. Mas o conjunto de equipamentos da versão completa é bastante interessante.


O CD Player é bastante prático, mas ficou devendo uma entrada USB. Ele não pode ser ligado com o carro desligado, porém se isso é bom ou ruim, vai depender do perfil do comprador... Ao menos evita que o carro descarregue a bateria.


O ar-condicionado é de série (tão importante em nossa cidade para um carro quanto pneus e rodas), embora não seja digital como o da foto abaixo, este disponível apenas para o Grand Livina. A avaliação do modelo para sete passageiros fica depois...


O câmbio automático, apesar de simples (sem funções avançadas), é bastante suave, e fácil de operar.


Pelas ruas de Teresina é possível ver que a transmissão fez um belo par com o conjunto de suspensão, que garante silêncio ao rodar, maciez em baixas velocidades, firmeza em velocidades mais altas e amortecimento dos buracos presentes nas ruas.


Mal dá para perceber que o motor está ligado, mesmo em velocidades altas. Mas isso não é sinal de fraqueza: temos um 1.8 16V Flex Fuel de 126 cavalos com etanol (um a menos com gasolina), que é, sim, mais forte que o do Honda Fit, um 1.5 de 116 cavalos. Apenas o Fiat Idea oferece motor mais potente, o 1.8 e.torQ de 130 cavalos, mas apenas na versão Adventure ou Sporting.
Na versão S, o motor é 1.6 16V Flex, de 108 cavalos com etanol (104 cavalos com gasolina).

O desempenho de fato surpreende. Ninguém olha para o Livina nas ruas, perfeito para quem quer discrição. O Livina é melhor que o Meriva? Sim, menos para frotistas e taxistas, que necessitam de um veículo mais em conta e que gere menos gastos. O Idea também perde do monovolume da Nissan – por uma margem mais apertada, pois o Fiat é mais bonito e tão funcional quanto, mas é menor, assunto crucial para famílias.

E o Honda Fit? Para quem pode pagar mais, é a melhor opção, pois ele oferece acabamento sofisticado e sistema ULT de configuração de bancos. Mas muita gente achou o Honda bastante caro depois de sua renovação total em 2008. Então o Auto REALIDADE declara um honroso empate entre Livina e Fit.

O Nissan Livina parece até de categoria inferior ao sabermos que o preço inicial da versão 1.6 (sem nomenclatura) é de R$ 43 990, com ar-condicionado, sistema keyless de abertura, air-bag (apenas para o condutor), vidros elétricos, entre outros itens. A versão Night & Day sai por R$ 47 990 com ABS e as rodas de liga da versão X-Gear, um pouco acima da S (R$ 46 790 com motor 1.6).




A versão aventureira urbana X-Gear vem com alguns diferenciais. As rodas já não são mais exclusivas, porém a versão tem grade mais arrojada, base inferior dos para-choques e molduras dos para-lamas de plástico e um novo (e feio) alojamento para o logotipo da Nissan na traseira.



É também baseada na versão S, e custa R$ 51 700, com motor 1.6. A versão 1.8 é vendida com câmbio automático, por R$ 62 700.



O motor 1.8 equipa a versão S (R$ 52 690). A SL é disponível com motorização 1.6 (R$ 52 190) ou 1.8 (R$ 58 340). Ainda há os kits de acessórios, que incluem “aerokit” (spoiler, saias, aerofólio), DVD Player, lâmpadas Crystal Vision e ponteira de escape cromada (parecida com a que estava ao lado do 350 Z da foto).

Avaliação Final...

Livina VS. “Meu Carro”

*****

O Nissan Livina superou minhas expectativas, que não eram baixas. Já entrei na concessionária para comprovar se o que diziam nos comerciais era verdade. Havia andado no novo Idea dias antes, e também no New Fit. E o carro agradou! Bem menos pelo estilo (elegante, é verdade, mas que não fica bem na foto), e mais pela funcionalidade e pelos itens de conveniência.


Livina VS. “Carro do papai”

****

Acostumado a dirigir de forma rápida, logo no começo da avaliação ele estourou o limite de velocidade da região!



E se entusiasmou com o silêncio a bordo. Aliás, ele vive um bom dilema. O próximo “carro do papai” está entre um Nissan Grand Livina e um Hyundai i30 CW. Parecem carros incomparáveis, é verdade. Mas ele acredita que só fará bom negócio se levar o Grand completo, e aí o preço chega a R$ 70 440. Para efeito de comparação, a perua do i30 parte de R$ 59 000, chegando a R$ 78 000 completa com itens que ele não vai utilizar, como teto solar e câmbio automático. A pedido dele mesmo, o Auto REALIDADE mostrará a avaliação dos dois carros, e em breve o comparativo!

Nota Final

Livina 1.6 S >> 8,7

Livina 1.6 X-Gear >> 8,8

Livina 1.8 SL Auto >> 9,0

AGRADECIMENTOS

Japan Veículos

Concessionária Nissan Teresina (PI)

(0 XX 86) 2106 6001

Comentários

maria disse…
gostaria que vende-se sem emttrada e as pacelas que pode-se dá opotunidade pa quem tá em teesado.no outro dia estaia na concesionaia pra compra.
Anônimo disse…
quero comprar uma em breve.
Anônimo disse…
quando tive uma promoção sem entrada e pacelas ate 1.000 eu compo uma