Avaliação do Fiat Mobi Drive GSR: a versão mais apta para os desafios urbanos



Texto, fotos e vídeos | Júlio Max, de Teresina (PI)
Colaborou nesta avaliação | Francisco Santos
Agradecimentos | Assessoria de imprensa FCA e Jelta

Algumas vezes, a necessidade de por um novo carro no mercado se sobrepõe à estratégia de disponibilizar uma gama completa de versões logo de cara. Lançado em abril de 2016, o Fiat Mobi chegou nas versões Easy, Like e Way (além das variações com o sufixo "On", mais completas de fábrica), porém a despeito da carroceria moderna, a mecânica era velha conhecida e comum a todas as versões: motor 1.0 Fire de 4 cilindros, aliado ao câmbio manual de 5 marchas. Meses depois chegou o propulsor que faltava: o 1.0 Firefly de três cilindros. Nós do Auto REALIDADE chegamos a fazer um breve test-drive com o Mobi Drive manual; agora, recebemos por alguns dias o modelo Drive GSR com câmbio automatizado monoembreagem de 5 marchas, cedido pela assessoria de imprensa da marca.



Por fora, o Mobi GSR não traz qualquer diferenciação estética, fora o logotipo "Drive" em sua tampa traseira de vidro. O estilo é o mesmo da versão Like On, extinta na linha 2018 justamente para atrair atenções para as versões de três cilindros. Seus diferenciais são: grade pintada de preto brilhante, rodas de liga leve de 14 polegadas, retrovisores pintados com luzes de seta, adesivo preto nas colunas das portas e maçanetas na cor da carroceria. Com a reordenação de versões do Mobi, o Drive passa a ser o mais estiloso e cosmopolita da linha.


No interior, de cara chama atenção a solução que a Fiat utiliza para o uso do câmbio: não há alavanca convencional, e sim botões para cada função. D é de drive, para o carro engatar automaticamente as 5 marchas à frente. N é o ponto-morto; caso se desligue o carro em neutro, um alarme sonoro soa para alertar sobre o fato do carro estar imobilizado apenas pelo freio de mão. R é a ré, que ativa os gráficos do sensor de estacionamento traseiro. O botão A/M alterna entre as trocas automáticas ou manuais - que são feitas nas borboletas junto ao volante. E para quem quiser uma tocada mais esportiva há o botão Sport, que troca as marchas em rotações mais elevadas, para um pouco mais de desempenho.


Nesta versão Drive, outra exclusividade é a direção com assistência elétrica e função City ativada por botão, que torna o volante (de boa pegada) ainda mais leve nas manobras; a função é desativada a 40 km/h. A coluna de direção possui ajuste de altura mais ergonômica que nas outras versões: no lugar do ajuste na parte inferior da coluna de direção, a haste fica à esquerda, como no Uno.


O quadro de instrumentos passa a ter marcador de combustível analógico. Ao centro, o computador de bordo tem informações visualizadas numa tela de 3,5 polegadas, com variadas informações. Traz velocímetro digital, indicação individual de portas abertas, temperatura do líquido do radiador, temperatura externa, econômetro, trip A e B, autonomia/consumo instantâneo, informações de som e configurações (como travamento automático das portas, exibição das informações em tela, limitador de velocidade e desativação do airbag do passageiro).


Confessamos: houve uma ponta de decepção ao constatar que o rádio que veio neste Mobi não era o Live On (que utiliza o aplicativo no celular para integração com o carro), mas o rádio Connect agrada. Além da boa qualidade de som (são 4 alto-falantes e dois tweeters nas colunas dianteiras), estão disponíveis entrada USB, auxiliar e conexão Bluetooth para streaming de áudio e chamadas telefônicas. Há ainda variados ajustes de som (dos graves, médios e agudos), inclusive de elevar o volume conforme a velocidade.


No mais, o Mobi segue com o padrão de acabamento um andar acima dos Fiat populares fabricados até seu lançamento. Os plásticos trazem variadas texturas, sem serem ásperos. Quase não se vê parafusos escancarados e não encontramos rebarbas nem nas peças propensas a tê-las, como as manivelas dos vidros traseiros. Houve ainda o cuidado de iluminar os comandos de vidros e retrovisores: até as borboletas e botões do câmbio tem iluminação.



O Mobi também traz uma série de pequenas cortesias. A chave-canivete permite levantar e baixar os vidros, ao segurar os botões de travamento e destravamento. Puxando a alavanca de luzes, você define o tempo do Follow Me Home, que deixa os faróis ligados após o desligamento do carro entre 30 e 210 segundos, e um leve toque na alavanca aciona as luzes de seta por 5 vezes. O motorista dispõe de porta-óculos com fundo revestido e cada passageiro (exceto o central) conta com alças de teto, sendo a do ocupantes frontal retrátil.


O Mobi, entretanto, ainda não corrigiu alguns defeitos. Os para-sois trazem espelhos (com tampa corrediça para o motorista), porém a angulação é 8 ou 80: ou rente ao para-brisa, ou em vertical perante o motorista, atrapalhando a visão. Já o quadro de instrumentos possui dois inconvenientes. De dia, a luz do sol causa fortes reflexos à cúpula do painel. E de noite, a iluminação permanente incita a esquecer de ligar os faróis. Não há iluminação do porta-malas nem botão para travamento e destravamento das portas (já presente no Argo): é preciso empurrar ou puxar alguma das maçanetas das portas da frente para travar ou destravar as portas - ao menos as portas são trancadas com o carro em movimento.


O funcionamento do câmbio GSR chega a lembrar os câmbios automáticos com conversor de torque em situações como quando você solta o pé do freio para o carro andar lentamente (creeping); além disso, o software tem inteligência mesmo em situações críticas como subidas, e o Auto-up Shift Abort mantém o carro numa marcha adequada em retomadas. As passagens de marcha ainda são menos suaves que os automáticos tradicionais, especialmente na transição da 1ª para a 2ª marcha e em baixas velocidades ou de ré, mas em outras situações não chegam a incomodar.


Para poupar as peças de desgaste precoce e por questões de segurança, a partida só pode ser feita com o pé no freio; o câmbio passa para o ponto-morto nessa situação. No modo sequencial, apesar do motorista ter mais autonomia para fazer as trocas de marcha (a luz indicadora de troca de marcha também acende), o sistema pode intervir ao reduzir marchas sozinho ou acionar bipes caso a troca de marcha tenha sido feita fora do momento ideal. O modo manual de passagem de marcha pode ser acionado com o carro em movimento. Esta forma de usar o câmbio é útil para o motorista em situações onde se precisa arrancar de 2ª marcha ou na hora de uma ultrapassagem.


Assim como outros modelos Dualogic, ao abrir a porta do motorista, um zumbido indica o funcionamento dos mecanismos que preparam a partida do motor. No caso do Mobi, só há um, porém relevante, pecado: dependendo da inclinação do terreno, é preciso pisar no acelerador logo que se solta o pé do freio, já que o creeping não dá conta de impulsionar o carro para a frente; um auxiliar de partida em ladeiras, como o Uno já dispõe mesmo em versões manuais, seria extremamente bem-vindo. Como não há, ou se pisa mais forte no acelerador (um problema quando o carro à frente ainda está muito próximo) ou se controla o freio com o pé esquerdo e o acelerador com o direito.


O motor 1.0 Firefly era o que faltava para o Mobi. Com 999 cm³, 3 cilindros em linha e 6 válvulas, olhando isoladamente para a potência, os pilotos de teclado já apontariam problemas: o motor rende 72 cavalos com gasolina (1 a menos que o Fire) e 77 cv com etanol (2 a mais, a 6250 rpm). Mas o torque cresceu 1 kgfm com etanol (10,9 kgfm) e chega a 3250 rpm (ante 3850 do Fire) - com gasolina são 10,4 kgfm na mesma rotação. Como é o torque que realmente faz a diferença na maioria das condições de uso, o Mobi mostra boa força nas acelerações, comparável ao elogiado Volkswagen up!.


A aceleração de 0 a 100 km/h, segundo a Fiat, é feita em 13,9 segundos com etanol. Esta versão alcança a velocidade máxima de 164 km/h com etanol (161 km/h com gasolina). De concepção mais moderna, o propulsor traz o pré-aquecimento de combustível (o Fire até hoje traz o tanquinho para partida a frio) e o capô traz a manta de isolamento acústico.



Em termos de segurança, o Mobi vem com o padrão para a categoria: airbags frontais com desativação para a bolsa do passageiro, freios ABS com EBD (discos sólidos na frente e tambor atrás), ajuste de altura dos cintos dianteiros, acionamento do pisca-alerta em caso de frenagens bruscas e cintos de 3 pontos + apoios de cabeça ajustáveis para dois dos 3 ocupantes traseiros - quem senta no meio conta apenas com o cinto subabdominal. Também não há alertas caso o motorista não use o cinto de segurança.


Curiosamente, o conjunto de suspensão da versão Drive é igual ao da versão Way, que se diferencia dos outros por ter barra estabilizadora na suspensão dianteira. Atrás, as rodas são ligadas por eixo de torção. A suspensão transmite nível de conforto acima da média, mesmo em pisos irregulares. O contraponto vem nas curvas e frenagens rápidas, onde é possível perceber que o Mobi aderna além do desejável.


No quesito consumo de combustível, o Mobi Drive também abre uma grande vantagem em relação às outras versões. Mesmo com muito trânsito na maior parte do tempo, ar-condicionado ligado e algumas aceleradas (em percurso 100% urbano), nossa média foi de 12,7 km/l, bem além dos modelos Fire que nem passavam de 9 km/l nas mesmas condições.



O tanque possui a boa capacidade de 47 litros. A Fiat aconselha que, para economizar, seja adotada a pressão de 35 lbf/pol² no lugar dos 32 habituais para todos os pneus. Mas cabe uma crítica ao econômetro, com gráficos confusos e em preto-e-branco. Para ter uma noção melhor, vale mais observar o medidor de consumo instantâneo e o conta-giros para poupar.


O porta-malas tem a capacidade de apenas 200 litros, mas alguns truques permitem ganhar espaço. Apenas ajustando a inclinação dos encostos traseiros para a posição de 18 graus ao invés de 23°, a capacidade passa para 215 litros. Ganha-se mais 20 litros ao retirar a Cargo Box, caixa organizadora com tampa e divisória removíveis, útil para remover compras sem pegar sacola por sacola. Vale lembrar que o habitáculo tem revestimento em carpete e o estepe, apesar da roda de ferro, traz a mesma dimensão dos outros pneus, coisa cada vez mais difícil de se ver.


O Mobi Drive GSR é 20 quilos mais pesado em relação ao irmão manual (965 quilos) e mantém as medidas externas: 3,57 metros de comprimento, largura (sem retrovisores) de 1,63 m, altura de 1,50 metro e altura em relação ao solo de 15,6 centímetros. A distância entre-eixos é de 2,30 metros.


O Fiat Mobi GSR parte de R$ 44 780, sendo o carro zero com trocas automáticas de marcha mais em conta do mercado - para ter um up! I-Motion, é preciso desembolsar mais 5888 reais. Na linha 2018, a paleta de cores ficou mais triste, com apenas 5 tons. As tonalidades Branco Banchisa, Vermelho Alpine e Preto Vulcano são sólidas, sem custo extra. Já as cores Prata Bari (metálica) e Branco Alaska (perolizada, do "nosso" carro) representam um acréscimo de R$ 1310.


De série, a versão Drive GSR vem com ar-condicionado, banco traseiro com encosto bipartido e com duas inclinações, porta garrafa nas portas dianteiras, borboletas para trocas de marcha sequenciais, cintos dianteiros com regulagem de altura, abertura interna do porta-malas e da tampa do tanque de combustível, computador de bordo (com distância percorrida, consumo médio, consumo instantâneo, autonomia), console entre os bancos com porta-objetos, limpador/lavador/desembaçador traseiro, direção elétrica com função City, espelhos nos para-sois, ESS (sinalização de frenagem de emergência), Follow me home, airbag duplo, freios ABS com EBD, Lane Change (um toque na alavanca de seta faz as luzes piscarem 5 vezes), luz de leitura dianteira com interruptor, maçanetas e capas dos retrovisores na cor do veículo, porta-malas com acabamento em carpete nas laterais, quadro de instrumentos com iluminação permanente, revestimentos plásticos nas soleiras e colunas, rodas de aro de 14 polegadas com calotas e pneus 175/65 de baixa resistência à rolagem, tomada 12 Volts frontal, vidros elétricos dianteiros (com função um-toque e recurso anti-esmagamento), travas elétricas e volante com regulagem de altura.



O Mobi avaliado traz outros dois pacotes de equipamentos. O Kit Tech (R$ 3770) inclui chave-canivete, faróis de neblina, alarme, sensor de ré, Cargo Box (compartimento removível no porta-malas), banco do motorista com regulagem de altura, console de teto com espelho auxiliar e porta-objetos, tecido dos bancos diferenciado, alças de teto, apoia-pé para o motorista, porta-revistas atrás dos bancos dianteiros, rodas de liga leve de 14 polegadas e retrovisores elétricos com função Tilt Down no espelho direito ao engatar a ré e luzes de seta integradas. Já o Kit Connect (R$ 1370) inclui o rádio aqui mostrado, além dos comandos de som e telefone integrados ao volante. Completo, o modelo chega a R$ 51 230.


O segmento de compactos ainda carece de opções que proporcionem a facilidade de não usar a embreagem. A Fiat ofereceu em 1999 o Palio Citymatic, sem o terceiro pedal, porém com a necessidade de passar as marchas na alavanca; o modelo não fez sucesso e saiu de linha em 2000. Entre os subcompactos, apenas o Kia Picanto possui câmbio automático, porém de 4 marchas. Mesmo entre os compactos, as opções de câmbio automático ou automatizado estão reservadas às motorizações de litragem superior a 1.0 (excluindo-se o Fiesta EcoBoost, na faixa dos R$ 65 mil).

Boletim comentado do Fiat Mobi Drive GSR



Design = 8,75
Mesmo com faróis e lanternas grandes para uma carroceria compactada, o Fiat Mobi consegue ter mais presença do que seu arquirrival, o Volkswagen up!: seus vincos fortes em torno dos para-lamas e portas, além da tampa traseira de vidro, são seus diferenciais. A frente, que lembra um Stormtrooper (especialmente nesta cor Branco Alaska), tem sua graça. No mais, esta versão Drive herda sem tirar nem por o visual do falecido Mobi Like On (só na versão básica é que as calotas do Drive são exclusivas).

Espaço interno = 7,75
Com comprimentos parecidos, up! e Mobi chegaram a aproveitamentos de espaço bem diferentes. Enquanto o Fiat recorreu a um cofre de motor similar ao do Uno (que possui versões com motores acima de 1.0), o Volkswagen traz capô pequeno, permitindo uma distância entre-eixos mais ampla e um porta-malas no mínimo 50 litros maior. Nos bancos dianteiros, o Mobi não faz feio e tem espaço interno satisfatório, ainda que os assentos sejam mais curtos na região das coxas. Atrás, o banco permite caronas, porém o espaço residual para ocupantes de 1,80 metro de altura é pequeno. Mas o Mobi traz em todas as versões o encosto do banco traseiro bipartido, item prático por permitir o alojamento de cargas maiores sem inutilizar o banco de trás para pessoas. Em contrapartida, a moldura do câmbio ocupou o lugar dos dois porta-copos frontais. Até há alojamentos para por um celular no teto ou na porta, porém quem quiser ligá-lo por cabo à entrada USB ou à tomada 12 Volts terá que por o aparelho entre os bancos ou no chão. Talvez por isso, o Live On com encaixe ajustável para smartphone chegue a ser mais caro que o rádio Connect.

Conforto = 8,75
O Mobi Drive mantém qualidades como a suspensão macia, a direção progressiva, o ar-condicionado que esfria a cabine rapidamente, a densidade confortável dos bancos e o bom isolamento acústico da cabine (um alento, já que por fora o carrinho chega a ser ruidoso). Já o câmbio GSR propicia a passagem automática das marchas - um verdadeiro alívio no anda-e-para urbano - mas é preciso sempre lembrar que, por ser automatizado, é preciso ter alguns hábitos, como pisar nos pedais com mais suavidade em baixa velocidade e pressionar o acelerador assim que soltar o pé do freio, já que o modo Drive nem sempre terá força suficiente para impulsionar o carro para a frente como nos automáticos tradicionais.

Acabamento = 8,5
Sendo o Mobi pertencente a uma nova safra da Fiat iniciada com o Toro, o subcompacto teve uma atenção aos plásticos internos, com superfícies que agradam ao tato mesmo sendo rígidas. Detalhes em preto-brilhante nos raios do volante, nas molduras do rádio e do ar-condicionado, além do console de botões do câmbio, busca um caráter premium - embora o material acumule sujeira facilmente. Os botões de ar-condicionado e rádio tem bom aspecto, os porta-objetos do teto trazem espuma e entre os bancos há fundo emborrachado nos porta-trecos. Também há pormenores como soleiras dianteiras e cobertura em carpete de todo o porta-malas.

Equipamentos = 8,5
Além da (hoje fundamental) direção com assistência elétrica e do ar-condicionado com ótima eficiência, o Mobi traz itens muito úteis, como sensor de ré, computador de bordo com múltiplas informações (velocímetro, informações de consumo e do veículo, indicação individual de portas abertas, entre outros), faróis de neblina associados aos faróis baixos, bom sistema de som, ajuste elétrico dos retrovisores (incluindo a função tilt-down no espelho direito), entre outros. Há ainda acessórios Mopar nas concessionárias, para quem faz questão de central multimídia ou câmera de ré, por exemplo.

Desempenho = 9,0
O Mobi melhorou muito com o Firefly debaixo do capô. Antes um veículo hesitante até mesmo em situações urbanas, o carrinho agora conta com mais disposição para subidas, retomadas e aceleradas: nem parece carro 1.0. O que é curioso, pois os números de potência e torque nem são tão grandes frente aos três-cilindros atuais, mas a forma como essa força é entregue é que faz a diferença.

Consumo = 9,0
Se ao volante as respostas do Mobi fazem você esquecer que há um motor 1.0 debaixo do capô, o baixo consumo de combustível lembra desse fato: mesmo em situações de anda-e-para intenso, o modelo Drive obteve médias muito boas para nosso padrão de avaliação. Certamente a versão com câmbio manual se sairia ainda melhor, mas o GSR também foi bem: 12,7 km/l de média com picos diários de 13,5 km/l. Torcemos para que o Mobi ganhe a desativação do motor Start&Stop (já presente no Uno, Argo e Toro): certamente a economia será ainda maior.

Segurança = 8,25
Aqui, o Mobi não se destaca frente aos rivais, o que é uma pena. Enquanto o up! traz ISOFIX para cadeirinhas infantis, alerta sonoro do não-uso do cinto para quem senta na frente, freios ventilados nas rodas dianteiras e uma carroceria estável em caso de colisão, o Mobi só traz a mais que o VW o ajuste de altura dos cintos dianteiros. De resto, os airbags frontais, freios ABS com EBD e sinalização de frenagens de emergência são o feijão-com-arroz para qualquer carro novo. Resta saber se a arquitetura do Mobi comportaria dispositivos de segurança do Uno (ex.: controles de tração e estabilidade, alerta sonoro do não-uso do cinto, etc). Se serve de consolo, o Mobi possui freios previsíveis e retrovisores externos com amplo campo de visão.

Custo-benefício = 9,0
Vale a pena ter um Fiat Mobi? Agora, com o motor Firefly e o câmbio GSR, dá para afirmar seguramente que sim. É evidente que tudo depende de seu perfil automotivo. Para quem não quer saber de trocar marchas, não tem filhos e precisa de um carro necessariamente novo, o Mobi automatizado é o carro mais em conta do Brasil sem pedal de embreagem. Some isso ao fato de ser um carrinho econômico, com revisões pagáveis e fácil de dirigir, com direção de ótima progressividade (com raio de giro de 9,8 metros) e dimensões compactas que farão do estacionamento uma brincadeira de criança. É bem verdade que ao optar por um Mobi em detrimento do up!, se abdica de mais espaço interno atrás e de um nível de segurança comprovadamente elevado. Mas os números de vendas mostram que a fórmula do Mobi, de ter preços mais competitivos e divulgação mais ampla na mídia, indicam que a Fiat está sendo mais feliz no segmento de subcompactos: o mês de junho representou o melhor período de vendas do carrinho desde o lançamento, com 6562 unidades (mais que o tradicionalíssimo VW Gol).

Nota Final = 8,6

As notas são atribuídas considerando a categoria do carro analisado, os atributos oferecidos pelos concorrentes, além das expectativas entre o que o modelo promete e o que, de fato, oferece. Frações de pontuação adotadas: x,0, x,25, x,5, x,75. Critérios - Design = aspecto estético do automóvel. Espaço interno = amplitude do espaço para passageiros (dianteiros e traseiros, de acordo com a capacidade declarada do carro), locais para por objetos e bagagem. Conforto = suspensão, nível de ruído, posição de dirigir, comodidades. Acabamento = atenção aos detalhes internos, escolha de materiais e padronagens. Equipamentos = itens de tecnologia e conforto inclusos no automóvel avaliado. Desempenho = aceleração, velocidade máxima, retomada, comportamento em curvas e frenagem. Segurança = visibilidade, itens de proteção ativa e passiva. Consumo = combustível gasto e autonomia. Custo-benefício = relação de vantagem entre o preço pago e o que o carro entrega.


Vem conferir a Galeria de Fotos do Fiat Mobi Drive GSR!






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