Uma volta na Nissan Frontier LE Biturbo 2020



Em um dos segmentos mais disputados do Brasil - o das picapes médias - a Nissan Frontier traz discretas novidades em sua linha 2020. Ela é vendida em 4 versões: S manual 4x4 (R$ 143.850), Attack automática 4x4 (R$ 160.850), XE automática 4x4 (R$ 181.850) e LE automática 4x4 (R$ 201.850).



O motor é o 2.3 - uma cilindrada que pode parecer pequena no segmento. Mas este propulsor é Biturbo Diesel, e tem rendimento de 190 cavalos e torque de 45,9 kgfm desde 1500 até 2500 rpm. Já o câmbio é automático de 7 marchas, com modo sequencial acionado através de trilho próprio na alavanca.


Os equipamentos exclusivos da versão LE 2020, em comparação com a versão XE, são: seis airbags (frontais, laterais e de cortina), quatro câmeras com visão em 360 graus, rack de teto, teto solar elétricos, frisos de portas, adesivo 4x4 diferenciado, badge Bi-turbo nos para-lamas dianteiros e protetor de caçamba. Esta versão tem capacidade de carga de 1000 quilos e pode levar até 2885 kg em reboque com freio.


Outros equipamentos dignos de nota da versão topo-de-linha da Frontier LE são: ar-condicionado digital automático de 2 zonas com saídas traseiras, sistema multimídia A-IVI com espelhamento de tela de celulares, 4 alto-falantes + 2 tweeters e tela touch de 8 polegadas; computador de bordo com tela colorida de 5 polegadas, direção hidráulica e volante revestido em couro com comandos de som/piloto automático e ajuste em altura, chave presencial com partida do motor por botão, banco do motorista elétrico, porta-copos retráteis junto às saídas de ar, apoios de braço entre os bancos dianteiros e na traseira, fixações ISOFIX, cintos de 3 pontos e apoios de cabeça para todos, sensor de ré, rodas de 18 polegadas e bancos de couro.


Entre os atributos voltados para o uso fora-de-estrada, a Frontier conta com altura em relação ao solo de 24,1 centímetros, chassi do tipo duplo C, suspensão traseira multi-link complementada com eixo rígido, seletor giratório de tração com modos de tração traseira, 4x4 e 4x4 reduzida, controlador de velocidade de descida e o Active Brake Limited Slip, bloqueio eletrônico de diferencial.

Impressões ao dirigir



Desde que a atual geração da Frontier foi lançada, em 2017, pude dirigi-la em quatro ocasiões, de modo que já pode-se dizer até que é uma velha conhecida minha. A mudança de nacionalidade do México para a Argentina, ocorrida de 2018 para 2019, fez bem à picape da Nissan, adicionando a ela algumas melhorias, a começar pela assistência da direção hidráulica, sensivelmente mais cômoda que a anterior em manobras. Com posição de dirigir elevada, o motorista desfruta de boa visibilidade e banco elétrico que possui densidade e formato adequados para encarar longas viagens.


O barulho do motor está mais isolado acusticamente de dentro da cabine, mas ainda se sentem nitidamente os rangidos de quando atuam algum dos recursos eletrônicos, como o bloqueio do diferencial e o controlador de velocidade de descida. O conjunto de suspensão transmite bom nível de conforto para os ocupantes, no asfalto ou no uso fora-de-estrada. Em suma, a Frontier pode não ter a força de uma Amarok V6 ou a boa fama no pós-venda de uma Hilux, mas agrada pelo conjunto entre força, conforto e equipamentos.


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