Ford apresenta Ranger 2020, reestilizada e com mais itens


A Ford apresenta para o Brasil e a Argentina a linha 2020 da picape Ranger, que chega  às concessionárias em agosto, mais equipada e com um face-lift que abrange principalmente a parte frontal. É o segundo retoque nesta geração, que chegou ao País em 2012. A grade dianteira passa a ter duas barras horizontais com o oval da Ford ao centro e o para-choque dianteiro também foi redesenhado. Os faróis passam a incluir luzes diurnas de LED e xenônio na versão Limited. As rodas de 18 polegadas da versão Limited passam a trazer pintura em cinza perolizado e face diamantada.


A antena foi deslocada da frente para a parte traseira do teto e conta com GPS integrado. Os adesivos 4x4 também ganharam novo grafismo. Na traseira, só o logotipo "Ranger" ficou um pouco maior.


O interior da Limited, antes em tom cinza escuro, agora é na cor preto Ébano. Os bancos são revestidos de couro. No console, a alavanca de câmbio passa a trazer inserto de couro e cromo fosco e o porta-copos passa a trazer pinça para acomodar copos/garrafas menores. As laterais das portas seguem o mesmo padrão de acabamento em preto Ébano.


A Ranger 2020 ganha uma nova cor perolizada, azul Belize, e oferece outras seis opções: as sólidas vermelho Bari (sem custo adicional) e branco Ártico (por R$ 750); a metálica prata Geada; e as perolizadas vermelho Toscana, preto Gales e cinza Moscou (todas por R$ 1600).


A Ford Ranger 2020 tem como versão inicial a XL cabine dupla, que mantém o visual (esta opção de entrada chegou a ser retirada de catálogo, mas retorna agora), equipada com tração 4x4 e câmbio manual de 6 marchas (MT82), que chega com o mesmo preço do modelo anterior, de R$ 132 320. Versão voltada para o trabalho, vem equipada com direção elétrica, ar-condicionado, trava elétricas, computador de bordo, chave-canivete com botões de travamento/destravamento das portas, rádio com tela de 3,5 polegadas com Bluetooth, entradas USB e para iPod, controles eletrônicos de estabilidade e tração, assistente de partida em ladeiras, controlador automático de velocidade de descida, assistência de frenagem de emergência, acionamento das luzes de emergência em frenagens bruscas, controle de oscilação de reboque, sistema anticapotamento, controle adaptativo de carga e diferencial traseiro blocante eletrônico. 

Esta versão conta ainda com três airbags (dianteiros e de joelho para o motorista), aviso sonoro do não-uso de cinto de segurança, fixações ISOFIX para cadeirinhas infantis, bancos revestidos em tecido, ajuste de altura do volante, console central com porta-objetos e descansa-braço integrado, console de teto com porta-óculos, porta-luvas com fechadura, desembaçador do vidro traseiro, três tomadas 12 Volts e tapetes de borracha. A caçamba dispõe do auxílio de uma mola de torção que reduz o peso para quem abre de 12 kg para 3 kg, além de trava com chave e oito ganchos internos para carga, capô com mola a gás, gancho para reboque, para-barros, protetor de cárter, protetor do tanque de combustível, provisão elétrica de reboque e rodas de aço de 16 polegadas, com pneus 255/70 All Terrain.


A versão XLS ocupa a faixa intermediária da linha: a opção 2.2 4x2 automática sai por R$ 128 250. A XLS 2.2 com tração 4x4 custa R$ 147 520 com câmbio manual e R$ 154 610 com transmissão automática – mesmos preços do modelo 2019. Tanto o câmbio manual quanto o automático (6R80) possuem 6 marchas.



Como novidades, a Ranger XLS passa a trazer ar-condicionado digital de duas zonas, central multimídia SYNC 3 com tela sensível ao toque de 8 polegadas e comandos de voz, quadro de instrumentos configurável com duas telas de 4,2 polegadas, novos faróis de neblina e novos detalhes de acabamento do painel, portas e console.



Além dos equipamentos da XL, esta versão vem também com: sete airbags (frontais, laterais dianteiros, de cortina e de joelho para o motorista), vidros elétricos com fechamento por um toque para o motorista, retrovisores elétricos, câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro, alarme, controlador e limitador de velocidade, chave programável MyKey (pode ter parâmetros controlados, como a velocidade máxima atingida e o volume máximo do som), ajuste de altura e lombar (manuais) do banco do motorista, compartimento climatizado no console e aviso luminoso de nível baixo do lavador do para-brisa. As rodas são de liga leve de 17 polegadas com pneus 265/65 All Season na versão 4x2 e pneus 265/65 All Terrain nas 4x4.



A Ranger XLT 3.2 4x4 automática mantém o preço de R$ 176 420. Além dos itens da XLS, vem com: bancos e volante revestidos em couro, abertura e fechamento dos vidros por comando na chave, sensor de chuva, para-brisa acústico, central multimídia SYNC 3 com GPS, acendimento automático dos faróis (que também trazem ajuste de altura), monitoramento individual de pressão dos pneus, retrovisores com piscas integrados e rebatimento elétrico, vidros elétricos com fechamento por um toque para os passageiros, faróis com projetores, retrovisor interno eletrocrômico e para-sóis com espelho e iluminação.



Como diferenciais externos em relação à versão XLS, a XLT traz estribos laterais, detalhes cromados na grade, faróis, capas dos retrovisores, maçanetas e para-choque traseiro, além de rodas de liga leve de 18 polegadas com pneus 265/60 All Season.



Por fim, há a Ranger Limited 3.2 4x4 automática, topo de linha, que mantém o preço de R$ 188 990. Ela vem com novos faróis baixos de xenônio com luzes diurnas de LED e farol alto com comutação automática (para evitar ofuscamento de quem vem em sentido contrário), chave presencial e partida do motor por botão, reconhecimento de sinais de trânsito, frenagem autônoma com detecção de pedestres, alerta de colisão frontal, tampa da caçamba com amortecimento na abertura e fechamento, além de travamento elétrico, e rodas de 18 polegadas com acabamento em cinza perolizado e diamantado.



Só a Limited vem com controlador automático de velocidade adaptativo, assistente de permanência em faixa, sensor de estacionamento dianteiro, ajuste elétrico do banco do motorista em oito posições, personalização da luz ambiente com sete cores, rack de teto, santantônio exclusivo pintado na cor da carroceria e protetor de caçamba.

As versões flex deixam de ser oferecidas na linha, como reflexo da baixa procura no mercado. O segmento de picapes médias movidas a gasolina e etanol vem caindo progressivamente e hoje representa apenas 8% das vendas.


A Ranger 2020 também recebeu melhorias no conjunto de suspensão. Além de barra estabilizadora redesenhada e elementos de coxinização refinados, ela teve as longarinas do chassi reforçadas e adota dois ajustes diferentes de molas, amortecedores e buchas, de acordo com o peso de cada versão da picape.


“Além de melhorar as oscilações de baixa frequência – o que é notado, por exemplo, no comportamento mais macio e suave em lombadas – essas mudanças melhoram também o comportamento em frequências secundárias, aumentando o conforto na transposição de obstáculos fora de estrada”, explica Gilmar de Paula, engenheiro-chefe da Plataforma Ranger na América do Sul.

Segundo ele, a engenharia aproveitou a oportunidade para fazer várias pequenas modificações na Ranger. “O controle do piloto automático adaptativo, por exemplo, teve a posição mudada para o meio do para-choque e o defletor dianteiro pôde ser eliminado com a melhora do comportamento aerodinâmico”, diz.


A Ranger mantém as duas opções de motores turbodiesel, 3.2 e 2.2 Duratorq. O motor 3.2, que equipa as versões XLT e Limited, gera potência de 200 cavalos (a 3000 rpm) e torque de 47,9 kgfm na faixa de 1750 a 2500 rpm. Com ele, a picape acelera de 0 a 100 km/h em 11,6 segundos e atinge velocidade máxima de 180 km/h. A versão XLT 3.2 4x4 faz 8,4 km/l na cidade e 9,4 km/l na estrada. A Limited 3.2 4x4 obtém 8,6 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada.


Já o motor 2.2 Duratorq, com quatro cilindros, está nas versões XL e XLS. Ele tem potência de 160 cavalos (a 3.200 rpm) e torque de 39,2 kgfm na faixa de 1600 a 2500 rpm. Com ele, a picape vai de 0 a 100 km/h em 15 segundos e chega a 164 km/h. A versão XLS 4x2 automática tem um consumo de 9,6 km/l na cidade e 11,3 km/l na estrada. Já a versão XLS 4x4 manual tem um consumo de 10,3 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada. Com transmissão automática, faz 9,0 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada.

A Ranger mantém a garantia de cinco ano e a maior capacidade de imersão declarada do segmento, de 80 centímetros. O conjunto dos controles de estabilidade e tração, que inclui o sistema anticapotamento, monitora a velocidade das rodas, o acelerador e a direção 100 vezes por segundo.


Na versão Limited, o piloto automático adaptativo permite selecionar a distância que se deseja manter do veículo à frente enquanto a Ranger acelera e freia automaticamente. Já o sistema de permanência em faixa monitora as marcações da pista por meio de uma câmera, gerando alerta e fazendo correções se o veículo muda de trajetória sem o acionamento do pisca. “Se você invade a faixa mais de cinco vezes, a Ranger entende que você está cansado e é hora de fazer uma pausa para tomar um café. Ela faz isso exibindo o ícone de uma xícara no painel”, diz De Paula.


Os ângulos de entrada e saída de 28 graus também favorecem o desempenho off-road da Ranger, que tem capacidade de carga de 1001 a 1168 quilos, dependendo da versão.

Comentários