Renault Zoe 2020 passa por face-lift (e muda o interior para melhor)


Menos de um ano após o início de sua comercialização no Brasil, o elétrico Renault Zoe é reestilizado na Europa. Por fora, as modificações foram até discretas, para um modelo que começou a ser produzido em 2012. Na frente, os faróis com LEDs ganharam curvas em sua base e o estilo da grade superior ficou mais uniforme. O para-choque passa a ter grade inferior com insertos cromados e novos alojamentos para os faróis de neblina. Na lateral, muda o estilo das rodas (de 15, 16 ou 17 polegadas).


Na traseira, as mudanças foram igualmente discretas. As lanternas passam a ter novo esquema interno de iluminação, com filetes de LED mais futuristas. E é só. A carroceria pode receber três novas cores: Celadon Blue, Flame Red e Quartz White (agora, são 9 opções).


Mas se por fora o Zoe mudou pouco, por dentro o elétrico está bem mais interessante. Ele não passou por uma reformulação completa (repare que os forros de porta são os mesmos e as saídas de ar nas pontas do painel permanecem redondas), mas incorporou muitos elementos do novo Clio apresentado no Salão de Genebra deste ano, aposentando os componentes que eram compartilhados com o Captur. O volante é novo, assim como o quadro de instrumentos digital e configurável de 10 polegadas, com informações de GPS, computador de bordo, regeneração da energia dissipada em frenagens e modo de condução do motorista, entre outras.


O sistema multimídia R-Link com tela de 7 polegadas dá lugar a um monitor vertical de 9,3 polegadas. O Easy Link passa a trazer espelhamento de tela de celulares através do Android Auto e Apple CarPlay, além de informar sobre os pontos de recarga mais próximos. Abaixo dessa tela, há uma fileira de botões e, mais abaixo, os novos comandos de ar-condicionado, agora com informações exibidas em pequenas telas embutidas nos botões giratórios. O porta-objeto à frente da alavanca de câmbio foi redesenhado e passa a trazer 2 entradas USB e uma auxiliar, com indicações mais intuitivas. Outras boas novas: o freio de estacionamento passa a ser elétrico (incorporando também o Auto Hold, que dispensa a necessidade de manter o pé no freio em paradas) e os botões do controlador automático de velocidade foram todos transferidos para o raio esquerdo do volante (antes, se distribuíam entre botões no volante e no console, uma solução pouco prática).


Era de se esperar, também, que o Zoe 2020 ganhasse autonomia. Com a bateria de 52 kWh, o modelo passa a ser capaz de percorrer cerca de 390 quilômetros com uma carga (conforme o ciclo de rodagem WLTP). Opcionalmente, é oferecida a estação de recarga com corrente contínua (DC) de 50 kW, que permite rodar cerca de 145 quilômetros com meia hora de carga. Nos carregadores de 22 kW comuns de serem encontrados pela Europa, em uma hora é possível obter carga para andar cerca de 125 km. E nas "wallboxes" de 7 kW, o Zoe necessita de 9 horas e 25 minutos para ter a recarga completa do conjunto elétrico.


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