Renault Trezor dá pistas do futuro para os carros da marca


Há seis anos, a Renault apresentava um carro-conceito que tinha ambição muito maior que atrair olhares em estandes de salões: o De'Zir carregava os genes estilísticos de modelos como a quarta geração do Clio. Agora, no Salão de Paris, o Trezor Concept promete antecipar inovações no design, na mecânica e na tecnologia dos modelos da montadora francesa a serem apresentados nos próximos anos.


A frente do Trezor abandona a grade que circunda o losango da Renault (adotada atualmente em boa parte dos carros da marca), até porque sua propulsão é puramente elétrica. Com 4,70 metros de comprimento, 2,18 m de largura, altura de apenas 1,08 metro e distância entre-eixos de 2,78 m, seu coeficiente aerodinâmico (Cx) é de apenas 0,22. As rodas são de 21 polegadas na frente (22'' atrás) e os pneus Continental trazem detalhes vermelhos na banda de rodagem, cor também presente nos vidros, o que deixa o Trezor parecido com um carrinho da Hot Wheels em escala 1:1...


Para facilitar o acesso ao cockpit de dois lugares, o capô e o teto (em peça única) levantam. Também vermelho, o interior traz detalhes como o volante hexagonal com três telas (as laterais, sensíveis ao toque) e, ao lado do quadro de instrumentos, uma grande central multimídia com superfície touchscreen. Há três modos de condução: neutro, esportivo e autônomo - quando o carro se dirige sozinho, a iluminação externa é prolongada para outros automóveis o "notarem". Até 2020, a Renault planeja sistemas de condução que permitam ao motorista tirar as mãos e os olhos da estrada.


O Trezor é impulsionado pelo conjunto elétrico derivado do Renault e.dams utilizado na Fórmula E: as duas baterias rendem 260 kW (o equivalente a 360 horsepower) e torque de 38,7 kgfm. Assim, o conceito acelera de 0 a 100 km/h em menos de 4 segundos. Além disso, como nos carros de corrida, a energia das frenagens é reaproveitada.






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