Uma volta rápida com o Fiat Argo HGT 1.8 equipado com câmbio automático


Quando a Fiat apresentou o Argo no Brasil, deu destaque à sua versão de caráter esportivo HGT, que ressuscitou a sigla High Gran Turismo aplicada no modelo mais potente do Fiat Brava, hatch médio de 4 portas que foi produzido no Brasil entre 1999 e 2003. O nome marca também uma ruptura da sigla Sporting, adotada pelo Punto desde 2007 e posteriormente estendida ao Stilo e Palio. Fizemos um test-drive com este modelo - e relatamos nossas impressões aqui.


O estilo do Argo HGT é realmente digno de elogios, ainda mais nesta cor sólida Azul Portofino, exclusiva da versão. Os faróis contam com LEDs de uso diurno e acendimento automático. Já a grade do para-choque, que acomoda os faróis de neblina em suas pontas, possui um filete vermelho (prateado nas versões Drive com kit Stile e Precision). Os retrovisores trazem capas cinza com luzes de seta, as rodas de 17 polegadas tem face diamantada com fundo preto e os contornos dos para-lamas trazem molduras pretas, ao estilo do Punto T-Jet. Na traseira, chama a atenção o aerofólio cinza e o para-choque de estilo diferenciado, com ponteira de escape aparente e cromada.


Mas o interior... Pelo valor cobrado no modelo topo-de-linha, o capricho deveria ser muito maior. As áreas de maior contato do motorista, como volante, bancos, apoio de braço e painéis de portas dianteiros, até que convencem com seus revestimentos de couro, que trazem costuras acinzentadas (e não vermelhas como era de se supor em modelos esportivados da Fiat de outrora) para realçar o estilo. Porém, os plásticos adotados no painel são os mesmíssimos das outras versões - a faixa vermelha é acetinada e não há áreas macias ao toque, tirando os fundos emborrachados dos porta-objetos. Faltou também continuidade nas portas traseiras, com forro inteiro de plástico. Outro detalhe subaproveitado é o console à esquerda no painel, que só abriga o botão do farol de neblina. Pra completar, um carro novo como esse merecia botões dos vidros e retrovisores diferenciados - até o Mobi utiliza comandos muito similares a estes. Nesta versão, o forro de teto e as colunas recebem a cor preta.


Se o Argo HGT não chega a carregar o legado do Punto quando o quesito é acabamento interno, ao menos ele se redime em equipamentos - alguns de série, outros opcionais. No quadro de instrumentos, a tela de 7 polegadas colorida do computador de bordo (tal qual Renegade e Toro mais completos) é item de série nesta versão, trazendo informações de forma mais intuitiva. Já os instrumentos trazem aros vermelhos, com os nomes "speedometer" e "tachometer" nas bases, embora seja um detalhe que gere certa poluição visual. O volante possui ajuste em altura e profundidade, além de dispensar o miolo metálico para partida: basta pisar no freio e apertar o botão, desde que a chave presencial esteja no interior do veículo.


Ao centro do painel, destaque para o novo sistema multimídia Uconnect 3, com espelhamento de tela de smartphones compatíveis com Android Auto e Apple CarPlay, além de duas entradas USB no console, entrada auxiliar, comandos de voz e câmera de ré. Abaixo da tela touchscreen de 7 polegadas está o console de botões: da esquerda para a direita se acionam/desativam os controles de tração/estabilidade, o Start-Stop (de série em todo Argo), o pisca-alerta e as travas das portas. Curiosamente, o botão da ponta direita ficou sem função: nos modelos sem ar digital, é ali onde se ativa o desembaçador traseiro - e com o ar digital, há botões dedicados para esta funcionalidade. A regulagem é bastante similar ao do Toro, inclusive com regulagem automática de temperatura, porém há apenas uma zona de climatização. Os saudosos do Punto certamente ficarão decepcionados ao constatar que nenhuma versão do Argo traz teto solar.



Ao volante, o primeiro ponto que agrada - e que é comum a todos os Argo - é a boa posição de dirigir aliada a uma direção ergonômica e de ótima assistência. Nesta versão, o ronco do motor é mais esportivo por conta do escape diferenciado, mas o rendimento do motor em si é similar ao das versões Precision, com 139 cavalos quando abastecido com etanol. Mesmo sendo um modelo de verve esportiva, o conjunto de suspensão transmite bom nível de conforto na cidade, bem como o funcionamento do câmbio automático de 6 marchas, até então inédito nos hatches da Fiat. Curiosamente, nesta versão o console central é diferenciado, com entradas USB/auxiliar à esquerda e um porta-copo, no lugar dos dois do modelo manual de 5 marchas.


Partindo de R$ 70 600, a versão automática do Fiat Argo HGT demanda alguns opcionais para ficar completo de verdade. O kit Stile (R$ 2500) acrescenta revestimentos de couro preto e rodas de 17 polegadas com pneus 205/50, que substituem as de 16 polegadas (também de liga leve). O kit Parking, de R$ 1200, acrescenta sensor de ré (parece zoeira, mas é opcional) aliado à câmera traseira com linhas dinâmicas de guia. Os airbags laterais incorporados aos bancos dianteiros são vendidos por R$ 2500, enquanto o kit Tech, que engloba ar-condicionado digital, retrovisores externos com rebatimento elétrico e luzes de cortesia, chave presencial com partida por botão, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis e retrovisor interno eletrocrômico, demanda R$ 2800 extras. Ou seja, o carro das imagens sai por R$ 79 600.


O Argo HGT pode vir ainda mais equipado com os acessórios Mopar disponibilizados nas concessionárias. Entre os itens estão: teto plotado de preto (R$ 972), iluminação na região dos pés dos ocupantes dianteiros (R$ 232), friso lateral texturizado (R$ 265) ou cromado (R$ 440), calha de chuva (R$ 301), capas do retrovisores cromadas (R$ 621), engate para reboque (R$ 1089), protetor de cárter (R$ 204), protetor de soleira em vinil (R$ 187), rede elástica para o banco dianteiro (R$ 90), rede para cargas no porta-malas (R$ 32), cabide preto (R$ 247) ou cromado (R$ 222), parafuso antifurto para rodas (R$ 267), trava de segurança para estepe (R$ 320), ecobag (R$ 222), protetor de porta imantado (R$ 171), acendedor de cigarro (!) (R$ 172) e emblema Mopar "Belt" (R$ 252 ) ou "Pin" (R$ 211). Alguns destes acessórios vinham na série especial Opening Edition, limitada a 1000 unidades.


Se você quer conhecer mais sobre outras versões do Fiat Argo, fique ligado no Auto REALIDADE! Em breve, traremos a você a avaliação completa da versão Drive 1.3 GSR, automatizada de 5 marchas. Em seguida, relataremos as impressões detalhadas ao dirigir a versão Precision 1.8, equipada com o câmbio automático de 6 marchas. Aguarde!








Comentários

Anônimo disse…
79600 AHURAUHRUHRAEREAUHEHURUHAUERHAUEHRUAHEURHAUHERUAHERUHAUERHUARHUEAHRUHEHAURRAERUHEAHRUEREHHUAHURURAEUHHURUAHUUEUHRAE MORRI
Fabiano disse…
Faltou teto solar no argo seria sessacional