Mercedes Classe E 2017: um C ampliado ou um S menor?


"Sim, carros de uma mesma montadora podem ser parecidos entre si. Ajuda a reconhecer de cara a marca do veículo e, se a filosofia de estilo for realmente bela, todos os carros que a seguirem tendem a ser bonitos. O importante é que o automóvel atenda às expectativas do cliente."

"Não, carros de uma mesma montadora não podem ser tão iguais assim. Quem compra o modelo mais luxuoso tende a se sentir desprestigiado, levando um carro que parece demais com outros que custam metade de seu valor. Acham que queremos o mesmo estilo nos tamanhos P, M e G?"

De qual destas opiniões você partilha? Fato é que as gerações anteriores dos Mercedes-Benz Classe C, Classe E e Classe S eram bem distintas entre si: o C com linhas retangulares levemente esportivas, o E com seus faróis duplos e o S com formas angulosas e classudas. Agora, todos parecem o mesmo modelo com pequenos reajustes de estilo para se enquadrarem nas dimensões de suas carrocerias. Se isto é bom ou ruim, o público dirá.


Fato é que, em relação à geração anterior, o Classe E cresceu 6,5 centímetros na distância entre-eixos e 4,3 cm no comprimento total. A carroceria tem o invejável coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,23. As versões de entrada e Exclusive trazem a grade com filetes horizontais e a estrela de três pontas à frente do capô, enquanto os modelos Avantgarde e AMG Line trazem o logotipo da Mercedes-Benz em evidência na grade. Opcionalmente, as lanternas contam com iluminação "stardust", que adota superfície diferenciada em sua máscara interna.


Internamente, as inspirações vieram do Classe S: duas telas com 12,3 polegadas (a tela à esquerda, que assume a função dos instrumentos analógicos, pode ser configurada nos modos Classic, Sport e Progressive), volante esportivo com comandos sensíveis ao toque, touchpad com reconhecimento de escrita, Linguatronic (comandos de voz), 64 opções de cores para os focos de luzes, opção de aquecimento para bancos e encostos de braços nas portas e no console central, regulagens da suspensão a ar (Air Body Control), banco traseiro com encosto tripartido (opcional), sistema de som Burmester com efeito tridimensional e suporte para tablets na traseira.


No lançamento, estarão disponíveis duas opções de motorização: E 200, com motor a gasolina de quatro cilindros e start/stop de série, e E 220 d, movido a diesel, com 195 horsepower e que promete chegar ao consumo de 25,6 km/l. Também estão previstas as versões E 350 e (plug-in híbrido, com rendimento conjunto de 279 HP), E 400 4MATIC (com motor seis-cilindros a gasolina de 333 horsepower) e uma variante a diesel seis cilindros com 258 horsepower e 63,2 kgfm de torque.


Outras boas novas do Classe E: DRIVE PILOT (piloto automático que opera a até 210 km/h, corrigindo automaticamente a distância do carro da frente e intervindo na direção), Active Lane-change Assist (caso a seta seja acionada por ao menos dois segundos, o carro se encarrega de girar o volante para a direção indicada), Active Brake Assist (consegue frear totalmente o veículo a uma velocidade de até 100 km/h, ao se detectar a iminência de uma colisão), Evasive Steering Assist (auxilia em situações onde o volante é girado rapidamente), Active Blind Spot Assist (alerta sobre veículos em pontos cegos e freia totalmente o carro caso haja risco de colisão a até 30 km/h), Remote Parking Pilot (através de um aplicativo de smartphone, é possível estacionar o carro à distância, mesmo em espaços apertados), Digital Vehicle Key (o smartphone do proprietário, quando cadastrado, passa a funcionar como a chave do automóvel), PRE-SAFE Sound (um alerta sonoro é disparado para os ouvidos das pessoas a bordo se prepararem para o som de uma possível colisão [!!!]) e a comunicação Car-to-X, que alerta sobre riscos presentes nas estradas.





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