Governo zera impostos de importação para carros elétricos


A partir desta terça-feira (27), os automóveis puramente elétricos importados com autonomia superior a 80 quilômetros terão o Imposto de Importação zerado - antes, eram tributados em 35%. A medida da Câmara do Comércio Exterior (Camex) influi especialmente sobre o BMW i3, único automóvel puramente elétrico comercializado atualmente no Brasil, ao preço de R$ 209 950. Para os híbridos comercializados por aqui, que aliam os motores a gasolina ao conjunto de baterias (BMW i8, Toyota Prius, Ford Fusion Hybrid, Mitsubishi Outlander PHEV, Lexus CT200h), os impostos relativos à importação foram reduzidos de acordo com o consumo energético de cada carro.


Este benefício deve fazer com que outras montadoras acelerem os planos de importar seus elétricos ao Brasil, ainda que precisem equilibrar as contas com a alta do dólar. Modelos como Chevrolet Volt, Nissan Leaf e Renault Zoe poderiam ser comercializados ou mesmo montados por aqui, uma vez que a isenção incide sobre automóveis finalizados, semidesmontados (com a carroceria pronta) ou completamente desmontados.


Os modelos híbridos semidesmontados e totalmente desmontados tiveram maiores reduções na alíquota do imposto de importação: modelos com sistema de tração elétrica ou pneumática, mesmo contendo dispositivo de recarga elétrica externa, que trabalhe em conjunto ou separadamente com motor de pistão alternativo de ignição por centelha, cujo consumo energético esteja entre 0,01 e 1,10 MJ/km está isento caso seja semidesmontados, enquanto o carro montado paga 2% (em regime CKD, o imposto é de 0% até 1,68 MJ/km, enquanto até esses níveis o semidesmontado para 2%, e o montado chega a 4%). De consumo energético entre 1,68 e 2,07 MJ/km, o híbrido desmontado paga 4% de imposto de importação, o semidesmontado tem alíquota de 5%, e o carro pronto, de 7%.


Na contramão desta medida, os automóveis movidos a diesel com capacidade de até 6 passageiros tiveram o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) triplicado de 15% para 45% até o final de 2017. Entre os modelos afetados por este exagerado crescimento na alíquota estão Jeep Renegade, SsangYong Korando e Mercedes-Benz GLK.

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