Fiat Cronos Drive 1.3 2022: o atual líder do segmento vale a pena?

Texto e Fotos | Júlio Max, de Teresina (PI)
Agradecimentos | Joaquim Santos, Davi Elias e Thales Bernardes

Lançado no Brasil em fevereiro de 2018, o Cronos se mostrou um ponto fora da curva na linhagem da Fiat, a começar do fato dele não ser produzido em Betim (MG), como a maioria dos outros modelos da marca vendidos no Brasil: o sedã é feito em Córdoba (Argentina). Além disso, diferentemente de Argo, Toro e Mobi, o Cronos teve seus primeiros anos de mercado com participações tímidas no ranking de emplacamentos em sua categoria. 

Em 2021, porém, tudo mudou. Com as irregularidades na produção do Chevrolet Onix Plus, o encarecimento da maioria de seus rivais e a nova política da Stellantis de intensificação das negociações de vendas diretas para locadoras, o Cronos passou de coadjuvante a protagonista do segmento de sedãs compactos, assumindo a liderança de vendas na categoria a partir de junho deste ano e não largando mais o posto.

Nesta matéria, analisamos em detalhes o Fiat Cronos em sua versão intermediária Drive 1.3 manual. O modelo das imagens tem a carroceria pintada na cor Vermelho Marsala (perolizado) - um adicional de R$ 1.890 - e está equipado com o Pack Drive Plus, que custa R$ 3.100 e inclui retrovisores externos elétricos com luzes de seta integradas e função tilt down (rebatimento para baixo do espelho direito ao acionar a ré), câmera de ré com linhas de guia dinâmicas e rodas de liga leve de 15 polegadas com pneus 185/60 Pirelli Cinturato P1. O pacote incluía os faróis de neblina, mas eles deixaram de constar neste pack em meados deste ano.

O design do Cronos ainda agrada, três anos depois do lançamento. Na linha 2021 (apresentada ao Brasil em novembro do ano passado), o sedã assumiu a nova linguagem visual da Fiat, recebendo grade ligeiramente redesenhada para acomodar o nome da marca por extenso e a Fiat Flag, composta por barrinhas inclinadas com as cores da bandeira da Itália. Os novos logos da Fiat também estão nas calotinhas centrais das rodas, no volante e na chave. 

A "Fiat Flag" também aparece em uma etiqueta na coifa da alavanca de câmbio e, a partir da linha 2022 (lançada em julho de 2021), agora está em uma etiqueta no banco dianteiro do passageiro. Também na linha 2022, os retrovisores externos passam a ter inscrição com o nome da marca.

Na parte frontal, fica evidente a personalidade própria do Cronos em relação ao Argo - enquanto a maioria dos rivais possui frente mais parecida ou até idêntica à dos hatches dos quais derivam. O capô do sedã da Fiat traz vincos mais fortes, a grade possui tramas exclusivas e o para-choque dianteiro também possui estilo diferenciado em relação ao Argo.

Os faróis são halógenos nesta versão, mas há assinaturas de luzes em LED, que antes só estavam nas versões mais completas. Eles contam ainda com a função Follow me Home, que nada mais é do que um temporizador do acendimento das luzes após o carro ser desligado. Puxando a alavanca de luzes em sua direção, o motorista consegue ajustar a duração da permanência dos faróis acesos entre 30 e 210 segundos, ou desativar o recurso.

Com o pacote opcional Drive Plus, o Cronos passa a ter rodas de liga leve de 15 polegadas e retrovisores externos com luzes de seta, que são detalhes que dão mais prestígio à versão Drive 1.3, junto com as colunas das janelas em preto e as maçanetas na cor da carroceria.

Na traseira, as lanternas bipartidas possuem luzes de LED para iluminação de freio e de posição. Desde 2020, o Cronos passou a ter novas "badges" das versões. O nome Drive, que antes aparecia em uma "flecha" nos para-lamas dianteiros, agora adorna uma plaquinha fixada no canto direito da tampa do porta-malas.

A parte interna do Cronos é bem-desenhada e traz formas que, para os padrões do segmento, podem ser consideradas ousadas. Como é de se esperar para uma versão apenas um andar acima do Cronos 1.3 básico, o acabamento da versão Drive é simples, mas nos decepcionamos ao saber que a Fiat retirou das portas dianteiras os insertos de tecido que revestiam os apoios de braço; agora, todos os forros de porta são inteiramente de plástico duro. No mais, os outros detalhes de acabamento foram mantidos. O painel, totalmente confeccionado em plástico rígido, possui variações de textura, com faixas lisas convivendo com superfícies texturizadas. Os três porta-objetos do console central contam com fundo emborrachado, um cuidado muito raro neste segmento. 

O quadro de instrumentos é um dos mais informativos neste segmento de sedãs compactos de entrada. Além do conta-giros e do velocímetro, ladeados pela indicação da temperatura do líquido de arrefecimento do motor e pelo nível do combustível, há uma tela de 3,5 polegadas que exibe variadas funções:

  • Velocímetro digital com alerta de ultrapassagem da velocidade programada (entre 30 e 200 km/h) e opção de visualização em km/h ou MPH.
  • Economia: informações de Trip A, Trip B (ambas exibem distância percorrida, tempo de viagem e consumo médio de combustível), além de autonomia estimada e indicador de consumo instantâneo.
  • Info Veículo: Sensor de pressão dos pneus, temperatura do óleo do motor, horímetro do motor (horas efetivas de seu funcionamento), quilometragem restante para revisão, dias restantes para próxima revisão e tensão da bateria.
  • Informações de áudio: fonte do som e nome da música ou estação de rádio em reprodução
  • Mensagens: exibe informações que devem ser verificadas pelo motorista.
  • Configurações da tela: é possível programar as informações que são exibidas nos cantos superiores (temperatura externa, hora, data, consumo médio, autonomia ou nenhum) e ao centro (título do menu ou informações de áudio).
  • Segurança: é possível fazer a ativação ou desativação do airbag do passageiro, ver informações de telefone na tela, controlar o volume de avisos e também regular o brilho dos instrumentos.

Além disso, a tela exibe uma animação de boas-vindas ao ligar a ignição, exibindo o nome "Cronos" (nesta ocasião, os ponteiros de velocímetro e conta-giros se movem até o fim), também possui indicador individual de porta aberta (mostrando inclusive se capô ou porta-malas estão abertos) e exibe os gráficos dos sensores de estacionamento traseiros quando a marcha-a-ré é engatada. Porém, a iluminação permanente dos instrumentos (que se ativa assim que a ignição é ligada) exige atenção para não esquecer de ligar os faróis à noite.

O volante do Cronos é de plástico, mas a textura deste material é suave e agradável. Em seus raios estão concentrados botões que controlam o computador de bordo, as chamadas telefônicas e comandos de voz, além do controle de som: as estações e faixas de música são alternadas pelos botões ocultos atrás do raio esquerdo, enquanto atrás do raio direito estão os comandos de volume. Os raios horizontais do volante possuem molduras prateadas e a coluna de direção ajusta em altura.

Na alavanca de luzes, o ajuste é básico, entre as posições desligado, luzes de posição ligadas e faróis baixos ligados. Com um leve toque na alavanca de seta, as luzes acendem 5 vezes sem necessidade de movê-la até o clique.

Já a alavanca dos limpadores dianteiros conta com posição de intermitência variável conforme a velocidade e de acionamento contínuo lento ou rápido.

Bem mais vistosa que o aparelho de rádio simples do Cronos 1.3, a central multimídia Uconnect, com tela sensível ao toque de 7 polegadas, vem de série na versão Drive 1.3 e pode espelhar o conteúdo de celulares através do Android Auto e do Apple CarPlay, utilizando-se do cabo USB. O console central traz duas entradas USB-A: uma no porta-objetos que fica à frente da alavanca de câmbio e outra atrás da alavanca de freio de mão, em posição alcançável pelos ocupantes traseiros. Há botões físicos para ajustar volume, ligar/desligar o sistema e navegar pelas estações e faixas; os demais comandos (para desligar somente a tela, deixar o áudio no mudo e retornar para o menu anterior) são sensíveis ao toque. 

Pelo Bluetooth é possível fazer chamadas telefônicas e streaming de áudio. O sistema de som é composto por 4 alto-falantes nas portas e dois tweeters nas colunas dianteiras. Ícones no canto inferior da tela ajudam a navegar pelos menus, que são:

  • Rádio: possibilita sintonizar e salvar estações AM ou FM 
  • Mídia: é possível verificar as informações de áudio reproduzido por dispositivos USB, entrada auxiliar e Bluetooth
  • Telefone: através de sua conexão por Bluetooth, este menu possibilita atender e recusar chamadas telefônicas, além de gerenciar a lista de contatos e fazer discagens
  • Uconnect: é um menu que reúne ícones de atalho, que podem ser personalizados pelo usuário
  • Áudio: neste menu, é possível controlar o balanço espacial de reprodução de som, habilitar a elevação do volume de som conforme a velocidade e modificar o equalizador de graves, médios e agudos
  • Configurações: permite personalizações de idioma, display, unidades de medida, comandos de voz, relógio e data, segurança (no caso, as configurações de sensor de ré e câmera traseira), luzes, portas e travas, opções ao desligar o veículo, áudio e telefone. Também é possível restaurar as configurações de fábrica e apagar os dados pessoais.
  • Trip: permite conferir autonomia estimada, consumo instantâneo e os registros das distâncias percorridas A e B

A tela também exibe câmera de ré com linhas de guia dinâmicas, que acompanham o esterço do volante. Curiosidade: se a tampa do porta-malas estiver aberta, surge um aviso com a frase "Câmera não posicionada".

Abaixo das três saídas de ar-condicionado ficam uma fileira de teclas. Nesta versão Drive, quatro delas estão habilitadas: o botão do ASR Off (que desativa o controle de tração), o botão do pisca-alerta, o comando de travamento e destravamento das portas (quando o carro está destravado, uma luz vermelha acende neste botão) e o comando para desembaçar o vidro traseiro. Há ainda um botão não-apertável que acende uma luz amarela caso o airbag do passageiro tenha sido desativado.

Vale ainda mencionar que as portas são travadas automaticamente com o carro em movimento (acima de 20 km/h) e o travamento ou destravamento das portas também afeta a portinhola do tanque de combustível.

Os comandos manuais do ar-condicionado trazem aros cromados. O controle de captação externa do ar ou recirculação é acionado através de um aro que envolve o botão de regulagem da intensidade do vento. Por sua vez, esse botão pode ser apertado para ativar ou desativar a função de ar-condicionado.

Na parte frontal do console central há a entrada USB1 e a auxiliar, no canto direito do porta-objetos dianteiro. Há ainda dois porta-copos nesta região, com tapetinhos macios ao toque. Logo atrás da alavanca de câmbio, com coifa de couro, há uma tomada de 12 Volts/180 Watts e outro espaço para colocar objetos, com fundo emborrachado. E, atrás da alavanca de freio de mão, há mais um porta-copo.

O porta-luvas conta com iluminação e bom espaço. A face interna da tampa é lisa, sem nichos para acomodar objetos pequenos.

No forro de teto, de carpete simples, uma "cicatriz" acima da porta do motorista indica a remoção do porta-óculos, disponível em versões mais caras. Os dois para-sóis, pelo menos, contam com espelhos, mas a tampa corrediça e a tira que serve como porta-documento só estão no para-sol do motorista. No console de luzes frontais há dois focos de luzes (para motorista e passageiro) e ainda mais uma luz na parte central-traseira do forro. Ademais, existem três alças de teto retráteis para os passageiros (com pequenos ganchos nas alças traseiras, que podem pendurar cabides).

A chave do Cronos Drive, do tipo canivete, possui botões para destravar e travar o carro, além de botões para fazer a abertura do porta-malas e para acender as luzes de pisca e luzes internas, função que ajuda a localizar o veículo em locais de baixa iluminação. Apertando e segurando o botão de destravamento das portas, as quatro janelas são abertas; já ao travar o veículo, os vidros sobem e o alarme perimétrico fica ativo.

Os bancos são de tecido, com tramas de estilo moderno. O banco do motorista conta com ajuste manual de altura através de uma alavanca do lado direito do assento. Os forros de porta dianteiros já não trazem os revestimentos de tecido que vinham em anos-modelos anteriores do Cronos, mas contam com porta-objetos. Na porta do motorista ficam os comandos dos retrovisores elétricos (com funcionalidade de rebater para baixo a lente do espelho direito caso a ré seja engatada e o interruptor do espelho esteja selecionado para o lado direito), e dos vidros elétricos nas quatro portas com função um-toque para subir e descer, além da função anti-esmagamento, do botão para bloquear as janelas traseiras e do funcionamento temporizado dos vidros elétricos por até 1 minuto, caso nenhuma porta seja aberta neste intervalo.

No banco de trás, o espaço para cabeça e pernas é bom. Nesta versão, o encosto do banco traseiro é inteiriço, e não é possível rebatê-lo, mas o assento pode ser levantado. Há apoios de cabeça e cintos de três pontos para todos os ocupantes, além de fixações ISOFIX e Top Tether para cadeirinhas infantis. Porta-revistas, só no verso do banco do passageiro dianteiro.

O porta-malas do Cronos é um dos maiores no segmento dos sedãs compactos. Com o fim de linha do Toyota Etios Sedan e do Chevrolet Cobalt, os 525 litros do compartimento de bagagem do sedã da Fiat superam Virtus (521 L), Logan (510 L), HB20S (475 L), Yaris Sedan (473 L) e Onix Plus (469 L). O Cronos também supera o porta-malas de seu antecessor, o Grand Siena, porém a vantagem é de apenas cinco litros.

O habitáculo possui iluminação, revestimento em carpete (inclusive em sua tampa) e ganchos para fixar cargas. Abaixo do forro do porta-malas fica o estepe (com roda de ferro de 15 polegadas e pneu 185/60 - exatamente o tamanho dos outros quatro pneus no chão). A tampa pode ser aberta tanto pelo comando na chave quanto por um botão preto que fica à direita da iluminação da placa traseira. 

Além disso, é possível abrir emergencialmente a tampa do porta-malas por dentro, através de um discreto gatilho próximo ao trinco central.

Em termos de segurança, o Cronos Drive poderia melhorar seu pacote de itens. Traz apenas airbags frontais: os airbags laterais só estão disponíveis para as versões Precision e HGT (e, ainda assim, pagando à parte por um pacote de opcionais nos quais estes side-bags estão inclusos), enquanto outros rivais trazem 4 ou até 6 airbags de fábrica em todas as versões. Além disso, só o motorista recebe advertência sonora caso esteja dirigindo o veículo sem o cinto de segurança (a partir de 8 km/h), enquanto outros carros deste segmento emitem alertas até mesmo se os ocupantes do banco de trás não estiverem com o cinto afivelado. 

No mais, o Fiat possui controles eletrônicos de tração e estabilidade (ao desativar o controle de tração ASR, entra em ação o TTC, Torque Transference Control, que, em situações de aceleração em curvas, freia a roda interna à curva e transfere torque à roda externa para minimizar a tendência ao subesterço), ERM (Electronic Rollover Mitigation, que atenua a tendência de algum dos pneus perder contato com o solo), sinalização luminosa de frenagem de emergência (o pisca-alerta acende em frenagens fortes a partir de 50 km/h), freios ABS com EBD (com discos ventilados no eixo dianteiro e tambores nas rodas traseiras), assistente de partida em ladeiras (que mantém o veículo freado por até dois segundos e atua em subidas, no caso de ter sido engatada uma marcha à frente, ou descidas, quando a ré é acionada, que tenham inclinação acima de 5%), cintos de 3 pontos e apoios de cabeça para os cinco ocupantes, além de ajuste de altura dos cintos dianteiros, com pré-tensionadores.

O motor 1.3 8v Firefly, que estreou em 2016 no Uno, hoje equipa versões do Argo, Cronos e Strada. Sua concepção ainda pode ser considerada moderna, trazendo pré-aquecimento do combustível (que funciona em temperaturas ambiente inferiores a cerca de 16º C, quando o carro está abastecido com etanol ou alguma mistura de etanol e gasolina), acionamento por corrente e variação do comando de válvulas na admissão e no escape. O rendimento é de 101 cavalos a 6000 rpm com gasolina e 109 cv com etanol a 6250 rpm. O torque é de 13,7 kgfm com gasolina e 14,2 kgfm com etanol, sendo alcançado a 3500 rpm com ambos os combustíveis.

A Fiat chegou a apostar forte no Start&Stop em seus carros a partir de 2016, e o Cronos chegou a ter algumas versões com este dispositivo (que desligava momentaneamente o motor em paradas, por 1 minuto quando o ar-condicionado está ligado, ou até 3 minutos com ar desligado, a fim de economizar combustível). Porém, a necessidade de desativar manualmente o sistema para quem não suportava ver o motor desligando nos semáforos e as reclamações sobre o custo da bateria preparada para o desliga-religa ser muito mais alto acabaram fazendo a Fiat voltar atrás e sepultar de vez o Start&Stop em todas as versões do sedã.

Em ordem de marcha, o sedã da Fiat na versão Drive 1.3 possui 1139 quilos, ou seja, apenas 35 quilos a mais do que o Argo Drive 1.3. Isso faz com que o desempenho dos modelos seja semelhante, com uma pequena vantagem para o hatchback. Segundo a Fiat, o Argo 1.3 vai de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos quando abastecido com etanol e em 11,8 s com gasolina no tanque, enquanto o Cronos cumpre a prova de aceleração em 11,5 segundos com etanol e em 12,3 s com gasolina. Ainda segundo a Fiat, o Cronos chega a 178 km/h com gasolina e a 183 km/h com etanol, enquanto o Argo vai a 180 km/h com gasolina e atinge a velocidade máxima de 184 km/h com etanol.

Nesta versão, o Cronos dispõe de câmbio manual de 5 marchas, com engates bem macios, porém não muito precisos. É bastante perceptível que as três primeiras marchas são mais voltadas para desempenho, enquanto quarta e quinta visam deixar o carro mais econômico em velocidades de cruzeiro. Por motivos de segurança, só é possível dar a partida no Cronos ao pisar no pedal da embreagem até o fim. Para engatar a marcha-a-ré, é necessário levantar uma arruela na alavanca de câmbio. O quadro de instrumentos exibe ícones que sugerem ao motorista subir marchas ou fazer reduções, com o objetivo de melhorar o consumo de combustível.

Nosso consumo de combustível do Cronos com gasolina foi bem satisfatório. Confira os resultados:

Consumo de combustível médio: 14,8 km/l
Distância percorrida (estimada): 57,6 km
Velocidade média (estimada): 22 km/h 

O tanque de combustível tem a razoável capacidade de 48 litros. A Fiat recomenda calibrar todos os pneus (inclusive o estepe) sempre com 32 libras, em qualquer situação.

A direção elétrica progressiva tem ótima calibragem, sendo muito leve em manobras e trazendo boa progressividade conforme a velocidade aumenta. O diâmetro de giro (10,5 metros) também agrada. Outro destaque é a visibilidade em geral, ajudada pelos retrovisores bem-dimensionados e pelo vidro traseiro cuja inclinação e tamanho facilitam a visão para trás. O conjunto de suspensão é nitidamente voltado para o conforto, absorvendo muito bem as irregularidades do piso e contribuindo com o conforto dos ocupantes. Porém, o conjunto poderia entregar um pouco mais de firmeza para passar mais segurança na hora de fazer curvas em velocidades mais altas.

Com preço a partir de R$ 79.490, o Cronos 1.3 Drive passa a custar R$ 84.480 com todos os opcionais do exemplar das imagens. Na linhagem do Chevrolet Onix Plus, a versão com valor mais parelho ao Cronos Drive é a LT 1.0 Turbo com câmbio manual (R$ 79.750), enquanto o Hyundai HB20S mais similar é o 1.6 Vision manual com central multimídia BlueLink (R$ 78.890). Já a versão mais simples do Volkswagen Virtus, a 1.6 MSI manual, parte de R$ 85.190, enquanto o Renault Logan Zen 1.6 manual começa em R$ 81.990.

O Cronos 1.3 Drive possui 4,36 metros de comprimento, 1,73 m de largura, 1,51 metro de altura, distância entre-eixos de 2,52 metros e vão-livre do solo de 15,8 centímetros. O sedã é, portanto, 36,6 centímetros mais comprido que o Argo, 0,2 cm mais largo, 0,7 centímetro mais alto e tem distância em relação ao solo 0,9 centímetro maior que no hatch. Já a distância entre-eixos é idêntica entre os modelos.

E, respondendo à pergunta do título da matéria: sim, o Fiat Cronos continua valendo a pena nesta versão Drive 1.3 manual, que vem com os equipamentos mais valorizados pelos consumidores. Com espaço interno satisfatório, mecânica valente, boa lista de equipamentos, dirigibilidade agradável e acabamento interno simples mas bem-feito, o sedã tem um conjunto bastante equilibrado de atributos. Falta, agora, melhorar o pacote de equipamentos de segurança e estrear o câmbio automático conjugado ao motor 1.3 para o público que não abre mão deste item, já que, com a eliminação do câmbio automatizado GSR acionado por botões, hoje o consumidor precisa pagar R$ 91.990 pela versão "menos cara" do Cronos com câmbio automático, a Drive 1.8 AT, que acaba tendo um consumo de combustível significativamente superior.

Vem conferir a Galeria de Fotos do Fiat Cronos Drive 1.3 Manual 2022!




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