Em detalhes: Mitsubishi Eclipse Cross chega às concessionárias


Há dois anos sem lançar um carro totalmente novo (a última completa novidade da marca foi a atual geração da Mitsubishi L200, lançada em 2016), a rede de concessionárias da montadora japonesa agora oferecem um produto situado entre os utilitários ASX e Outlander: é o Eclipse Cross, que resgata o primeiro nome de um famoso esportivo que, no Brasil, virou sonho de consumo em meados da década de 1990. Apesar de assumir a carroceria do segmento mais em alta no mundo, o Eclipse Cross não deixa de surpreender quando o assunto é design exterior.


Com vincos fortes, a frente abusa dos cromados, que estão na grade e nos contornos que nascem nos faróis e terminam nos alojamentos das luzes de neblina. Os faróis e Day Running Lights são de LED, e há função automática para a luz alta.


Lateralmente, destaque para a linha de cintura ascendente e para as rodas de 18 polegadas, com pneus 225/55. E - coisa rara hoje em dia - o estepe usa o mesmo conjunto pneu-roda.


Atrás, o conjunto de lanternas unidas visualmente por um prolongamento que divide as janelas traseiras divide opiniões. Nós do Auto REALIDADE até gostamos dessa ousadia visual. A visibilidade traseira lembra o Toyota Prius, que adota o mesmo esquema de dois vidros: não chega a atrapalhar tanto, e o Eclipse Cross dispõe de câmera de ré com linhas de guia e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro.


O interior não é tão ousado quando a parte externa, mas é bem-desenhado e com bom acabamento: a parte superior do painel e das portas dianteiras são emborrachados, enquanto os bancos trazem revestimento de couro com costuras laranjas, aquecimento (no encosto e assento) em 2 níveis para os bancos dianteiros e ajustes elétricos para o motorista (altura/distância do assento e inclinação do encosto).


O quadro de instrumentos combina conta-giros e velocímetro analógicos a uma tela colorida ao centro, que exibe informações como portas abertas, indicador de pressão dos pneus, alertas, posição do câmbio, modo de tração, temperatura do motor e nível de combustível, entre outros. É complementado pelo Head-Up Display, que exibe informações em uma plaqueta transparente para evitar distrações ao motorista.


A central multimídia adotada no Eclipse Cross vendido no Brasil dispensa o touchpad encontrado em outros mercados. Observando atentamente, é fácil perceber que é o mesmo sistema Multi-App encontrado em boa parte da linha Nissan. Com tela touchscreen de 7 polegadas e operada por botões sensíveis ao toque ou pelo volante, utiliza sistema operacional Android e traz diversas funcionalidades, como espelhamento de tela de celulares compatíveis com Android Auto e Apple CarPlay, GPS nativo (funciona off-line), Wi-Fi, comandos de voz, 18 memórias para rádio FM (e 12 memórias para AM), Bluetooth com streaming de áudio, duas entradas para cartão SD, entradas USB e auxiliar, além de reprodutor de vídeos em MP4 (somente com o freio de estacionamento acionado).


Atrás, a fileira de bancos é deslizante, bipartida e reclinável, além de haver porta-revistas e apoio de braço, porém o Eclipse Cross traz apenas uma tomada de 12 Volts ao final do console central.


A chave é presencial, e a partida do motor, por botão. Como é típico de carros japoneses, a ignição (para acionar os equipamentos elétricos) só é acionada ao segundo toque sem o pé no freio.


Os comandos dos retrovisores - inclusive rebatimento - estão incorporados ao "braço" da porta. Outra revelação de sua origem japonesa: só o vidro do motorista possui função um-toque.


O freio de estacionamento é elétrico e incorpora o Auto Hold, desejável nas grandes cidades. Ao apertar este botão, não é necessário "segurar" o pedal do freio nas paradas.


O ar-condicionado automático digital possui duas zonas. Também vem de série o teto solar panorâmico com abertura na parte frontal.


O motor é uma das novidades do Eclipse Cross: trata-se de um inédito 1.5 Turbo movido a gasolina (código 4B40 MIVEC), de 4 cilindros e 16 válvulas, que rende 165 cavalos a 5500 rpm e torque de 25,5 kgfm, de 2000 a 3500 rpm. O câmbio automático continuamente variável CVT conta com simulação de 8 marchas no Sport Mode e traz aletas junto ao volante para as trocas.


Segundo a Mitsubishi, o Eclipse com tração integral (como o das imagens) acelera de 0 a 100 km/h em 11,4 segundos, 3 décimos mais lento em comparação ao modelo de tração dianteira (que pesa 1540 quilos - 65 kg a menos que o modelo S-AWC). Já a velocidade máxima de ambos é de 195 km/h. Curiosidade: o tanque de combustível da versão com tração integral (60 L) é 3 litros menor que o modelo com tração dianteira.


Um dos grandes destaques do Eclipse Cross está na segurança. Avaliado pelo Latin NCAP em junho de 2018, obteve 5 estrelas de proteção a adultos. O modelo traz de série: 7 airbags (frontais, laterais dianteiros, de cortina e para os joelhos do motorista), monitoramento de veículos em pontos cegos, controles de tração e estabilidade, controlador automático de velocidade adaptativo, frenagem automática de emergência, freios a disco nas 4 rodas (ventilados na dianteiras) com ABS, EBD, Brake Override System (se freio e acelerador são pressionados ao mesmo tempo, prevalece o freio) e auxílio na frenagem de pânico; retrovisor interno anti-ofuscante, assistente de partida em ladeiras, limitador de velocidade (cortado quando se pisa fundo no acelerador), fixação ISOFIX para cadeirinhas, alerta em caso de saída de faixa involuntária, alerta de tráfego cruzado traseiro e o Ultrasonic masacceleracion Mitigation System (no caso do motorista pressionar fortemente o pedal do acelerador "por engano", quando parado ou em velocidades de até 10 km/h, o sistema reduz a chance de colisão).


O Eclipse Cross chega pelo preço de R$ 149 990, chegando a R$ 155 990 na versão com tração nas 4 rodas. As cores disponíveis para a carroceria são: Vermelho Diamond, Branco Perolizado, Cinza Titanium, Preto Perolizado, Prata Sterling, Azul Metálico e Bronze Metálico. O modelo conta com 3 anos de garantia e revisões com valor fixo.


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