Nissan elege a "pintura mais japonesa" para a picape Frontier

A Nissan anuncia o vencedor da 3ª edição do Concurso Acadêmico de Design Gráfico, que este ano buscou "a pintura mais japonesa" para a Frontier. Com uma releitura da famosa pintura "A Grande Onda", do artista japonês Katsushika Hokusai, que representa a vinda dos imigrantes do Japão para o Brasil, a marca escolheu o trabalho de Eric Lauredo Belfort Wolter, estudante de Design Industrial da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), como o melhor entre os três finalistas.

"A ideia toda veio de uma grande reflexão sobre o conceito de cultura. Notei que, quase como regra, as pessoas associam a cultura de um país ao que é clássico, antigo. Assim como a picape da Nissan, quis dar um ar novo a isso", explica. Eric utilizou em seu conceito ícones japoneses em uma espécie de mural, num estilo contemporâneo, como a arte de rua. "Depois, tracei um paralelo com a Grande Onda. Assim como ela, a cultura está em constante movimento", complementa o estudante.

O projeto escolhido será aplicado em um exemplar real da Frontier e exibido no estande da Nissan no Festival do Japão, que acontece em São Paulo, de 7 a 9 julho. No fim de semana seguinte, de 14 a 16 de julho, o carro com a arte vencedora será parte do acervo temporário da Japan House São Paulo, uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas governamentais. 


Os finalistas desta edição do concurso foram Vivian Heringer Ambrósio (Centro Universitário Espírito-Santense – FAESA - Vitória) e Allan Atsushi Takara (Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM SP). Vivian utilizou em seu projeto uma grande esfera vermelha, referência à bandeira do Japão, feita de dobraduras de papel que se desfazem em uma quebra de barreiras, dispersando fragmentos que se juntam novamente formando animais japoneses e brasileiros. "A ideia é simbolizar a imigração como uma quebra de barreiras culturais e geográficas, bem como a adaptação do povo japonês em um novo país", explicou ela. Já o projeto de Allan representou o movimento dos imigrantes do Japão para o Brasil por meio de ilustrações de carpas, símbolo de força e prosperidade. Ele utilizou como referência o monumento da artista Tomie Ohtake, as calçadas da praia de Ipanema e o padrão de onda Seigaiha, do Japão, para simbolizar o movimento do mar.


Comentários