Dia-a-dia com o Fiat Bravo Blackmotion: contato inicial


Reestilizado para a linha 2015, o Fiat Bravo Blackmotion chegou à garagem do Auto REALIDADE e, mesmo que (por enquanto) não tenha sido submetido a percursos tão longos quanto foi o Jeep Renegade, já esclareceu algumas curiosidades que tínhamos neste convívio. A principal delas está em torno do câmbio automatizado Dualogic, de cinco marchas. Um pouco de prática é suficiente: N é o "ponto-morto", e atrás dele se localiza a ré (R). A posição D/M simboliza a passagem do modo robotizado para o manual, onde é possível subir ou baixar marchas tanto na alavanca quanto nos paddle-shifts atrás do volante (+ e -), e para quem quer a vida mansa de não passar marchas, basta deixar a alavanca na posição central. Há ainda um modo Sport (S), que torna as trocas mais ágeis. 



É possível perceber a operação do Dualogic pela rotação do motor, e o software entende em diversas situações que marcha adotar, mas algumas vezes em reduções pode gerar aquele barulho de carro desengrenado. (Pelo menos o isolamento acústico é de boa qualidade). O pedal do freio é ainda mais sensível do que o de outros Fiat e serve como âncora para o Bravo em manobras de garagem. A vantagem do câmbio surge nos congestionamentos, onde pisar na embreagem e mudar tantas vezes de marcha chegam a cansar. Mas as trocas manuais ainda dão uma sensação melhor de controle sobre o Bravo - e as borboletas atrás do volante facilitam as mudanças.



A versão Blackmotion está acima de Essence e Sporting na hierarquia da Fiat, porém abaixo do T-Jet (este com motor 1.4 turbinado a gasolina de 152 cavalos e câmbio manual). Compartilha com as outras versões o motor 1.8 16v E.torQ Flex de 130/132 cavalos, que por enquanto fez 8,8 km/l de média e 6,3 km/l em trajeto urbano, com ar ligado e de uma a três pessoas a bordo. Assim como no Renegade Sport, o torque do motor surge em altos giros (4500 rpm), gerando uma espécie de dupla personalidade ao hatchback: dócil em baixas velocidades, arisco quando se pisa mais fundo.



Para darmos continuidade à nossa análise, um problema que precisa ser solucionado é o do pneu dianteiro esquerdo, que apresentou três bolhas salientes no mesmo dia em que recebemos o carro, indicando que a estrutura de aço foi rompida nestes pontos. Para completar, o estepe não é das mesmas medidas originais (com ele, a velocidade máxima é limitada a 80 km/h) e não foi possível remover a calotinha central com a chave de fenda fornecida. Com o passar dos dias, os sintomas só pioraram: a direção passou a tremer acima de 40 km/h e verificamos um desbalanceamento nítido, com a roda esquerda puxando "para fora". A solução ocorre neste sábado (15).

Em breve, o Bravo Blackmotion retorna à garagem do Auto REALIDADE para a avaliação completa: fique ligado!

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